𝐃𝐄𝐙𝐎𝐈𝐓𝐎.

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𝐌𝐀𝐘𝐀

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𝐌𝐀𝐘𝐀.

Desde cedo eu estava jogada na cama, com o celular na mão, mas sem realmente prestar atenção no que passava pela tela. O tempo parecia se arrastar, cada minuto mais longo que o outro. Richard não tinha aparecido de manhã, como fazia quase todo dia. No começo, tentei não dar importância. Talvez ele estivesse ocupado ou resolvendo alguma coisa.

Mas conforme o dia foi escurecendo, uma inquietação começou a crescer dentro de mim. Eu tentei ignorar, fingir que não me importava tanto assim, mas o fato de ele não ter aparecido ficava cada vez mais evidente. Não era como se eu dependesse das visitas dele... mas, depois de tanto tempo, já tinha me acostumado. A presença dele era algo com que eu podia contar, e, agora, com a ausência, a cabeça estava cheia de perguntas que eu nem queria admitir.

Quando a noite caiu de vez e eu ainda estava na mesma posição, ouvi o som familiar da varanda. Meu coração acelerou, uma mistura de alívio e expectativa. Claro que era ele. Sempre era. Aquele som, a presença que parecia preencher o espaço, como se nada tivesse mudado.

Suspirei, sentindo um leve peso sair dos ombros, e me levantei da cama. O quarto estava escuro, exceto pela luz suave da rua entrando pela janela. Sentei na beira da cama, esperando a porta da varanda se abrir. E então, lá estava ele. Richard entrou com aquele sorriso calmo, o tipo de sorriso que sempre me fazia pensar que, de alguma forma, tudo estava no lugar certo. Ele tinha essa facilidade de fazer qualquer ambiente parecer mais confortável, como se o mundo lá fora não precisasse da nossa atenção por mais um tempo.

― Sério, você precisa parar de fazer isso. ― falei, me referindo ao jeito despreocupado dele de pular a varanda, mas não conseguindo evitar o sorriso.

Richard se aproximou e me deu um beijo leve, demorado, como se aquilo fosse a coisa mais natural do mundo. O toque dos seus lábios era suave, mas o suficiente para arrancar um sorriso de mim, quase sem querer. Quando ele se afastou, seus olhos tinham um brilho tranquilo, como se estar ali fosse tudo o que ele precisava. A simples presença dele parecia preencher o espaço ao nosso redor, de um jeito que me deixava totalmente à vontade.

― Buenas noches, Maya. ― disse ele, com um tom meio hesitante, e eu não consegui evitar um leve sorriso com sua expressão.

― Te esperei hoje de manhã...

― Tive que resolver umas coisas, desculpa. ― Ele ofereceu um sorriso leve, como se isso fosse o bastante para compensar a ausência.

Por um momento, tudo ficou em silêncio. Eu continuei o encarando, como se esperasse algo a mais, algo que ele não parecia pronto para revelar. O leve sorriso que brincava em seus lábios desapareceu, e seus olhos se fixaram nos meus com uma intensidade que fazia meu coração acelerar. A tensão entre nós era quase palpável, como se estivéssemos desafiando um ao outro para ver quem quebraria o silêncio primeiro.

Richard se aproximou lentamente, sem pressa, mas com uma intensidade nos olhos que fazia o ar ao nosso redor parecer eletricamente carregado. Ele parecia testar os limites do espaço entre nós, medindo minha reação com cada pequeno movimento. O calor do corpo dele era quase tangível, mesmo sem o toque. Cada movimento era preciso, calculado, como se ele soubesse exatamente o que estava fazendo, mesmo sem pronunciar uma palavra.

𝐂𝐈𝐂𝐀𝐓𝐑𝐈𝐙𝐄𝐒 𝐃𝐀 𝐀𝐋𝐌𝐀- Richard Ríos Onde histórias criam vida. Descubra agora