POV: Mário Ayala
Em nossa próxima reunião do clubinho, eu, Paulo, Daniel e Cirilo contamos para os outros meninos sobre Amélia.
Decidimos segui-la após sair da reunião.- Enfim, vão fazer alguma missão agora, meninos? - questionou Amélia.
- Pelo que eu saiba, não - disse Daniel.
- Alguém planejou algo? - perguntei.
Todos negaram.
- Bem, nesse caso, estou indo. Até mais - Amélia se despediu.
Uns dez segundos após ela sair, começamos a segui-la. Para nossa surpresa, ela estava indo para a escola. Entramos devagar e silenciosamente. Amélia pegou uma escada e posicionou contra o muro.
- Amélia! - gritamos.
- Misericórdia, ainda bem que eu não estava na escada, se não teria caído! - falou.
- Por que você anda mentindo para nós? - perguntou Daniel.
- Você estava prestes a invadir a casa das bruxas? - perguntei.
- Ok, eu explico tudo. Aquele dia que um de vocês deixou a bola cair no quintal delas, quando fui buscar, tinha uma menina brincando. Ela fica presa o dia inteiro, não vai a escola, não tem amigos. Resumindo, ela sofre de cárcere privado - explicou Amélia.
- O que é cárcere privado? - perguntaram Jaime e Cirilo.
- Tinha que ser os dois tontos - falei.
- É quando um adulto tira todos os direitos de uma criança, essas coisas que Amélia disse - completou Davi.
- Essa menina se chama Clementina. Os pais dela viajam a trabalho e ela não os vê há meses. Precisamos ajudá-la - disse Amélia.
- Vamos voltar para a casa abandonada e falar melhor sobre - disse Daniel.
Voltamos e Amélia explicou mais detalhes. Disse também que a menina estava disposta a fugir se tivesse a oportunidade.
- Fácil, é só trazer ela para cá e esconder até os pais voltarem e souberem de toda a verdade - sugeriu Paulo.
- O quê? Vocês estão pensando em sequestrar a menina? - questionou Daniel, inconformado.
- Não é sequestro, é um combate ao crime - eu disse.
Decidimos que o Daniel ficou encarregado de enviar um e-mail aos pais de Clementina contando a situação como se fosse a mesma.
Amélia, Kokimoto e eu ficamos encarregados de buscar Clementina em sua casa e a trazer para a casa abandonada.- Bem que podíamos ser uma "assoção" para ajudar as pessoas, não seria legal? - comentou Jaime.
- O certo é "associação", Jaime. Mas acho uma ótima ideia! - respondeu Daniel.
- Precisamos mudar o nome, não pode continuar sendo Clube dos Cuecas - disse Adriano.
- Que tal... patrulha... e alguma coisa a mais depois? - sugeri.
- Patrulha Salvadora - exclamou Daniel.
- Genial, vocês são muito criativos - disse Amélia.
- Viva a Patrulha Salvadora - gritou Cirilo.
Todos nós fizemos uma roda e juntamos nossas mãos no meio, as levantando e gritando.
- Primeira missão: o resgate de Clementina - falei.
POV: Amélia Morales
Eu e os meninos estávamos revisando o plano na casa abandonada antes de ir para a escola.
Daniel já havia enviado o e-mail aos pais de Clementina. Suas tias estavam na igreja.
Paulo e Jaime ficaram em frente a casa de Clementina para avisar se as tias estiverem por perto, Adriano e Davi ficaram nas esquinas da igreja até a casa da Clementina, Daniel e Cirilo ficaram na escola para avisar se um dos funcionários estavam por lá e Mário, Kokimoto e eu fomos buscar Clementina.
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𝐘𝗈𝗎 𝐡𝖾𝖺𝗅𝖾𝖽 𝐦𝖾 . . . | 𝓜𝓪𝓻𝓲𝓸 𝓐𝔂𝓪𝓵𝓪
Roman d'amour𝐇𝗂𝗌𝗍𝗈́𝗋𝗂𝖺 𝖽𝖾 𝖺𝗆𝗈𝗋 entre 𝖽𝗎𝖺𝗌 𝖼𝗋𝗂𝖺𝗇𝖼̧𝖺𝗌 𝗊𝗎𝖾 𝗉𝗈𝗌𝗌𝗎𝖾𝗆 𝖺 𝗆𝖾𝗌𝗆𝖺 𝖽𝗈𝗋, 𝗆𝖺𝗌 𝗅𝗂𝖽𝖺𝗆 𝖼𝗈𝗆 𝖾𝗅𝖺 𝖽𝖾 𝗆𝖺𝗇𝖾𝗂𝗋𝖺𝗌 𝖽𝗂𝖿𝖾𝗋𝖾𝗇𝗍𝖾𝗌. 𝐀𝗆𝖾́𝗅𝗂𝖺, 𝗌𝖾𝗆 𝗉𝖾𝗋𝖼𝖾𝖻𝖾𝗋, 𝗋𝖾𝖺𝖼𝖾𝗇𝖽𝖾 𝗈 𝖺𝗆...