POV: Amélia Morales
Na aula de música, Mário entrou pela porta da sala de aula. Ele parecia preocupado e triste. Não hesitei em perguntar como ele estava.
— Mário, está tudo bem?
— Não, o Rabito está muito doente. Acho que ele vai morrer. — respondeu.
— Não, não diga isso! Você já levou ele naquele veterinário que é seu amigo? — perguntei novamente.
— Ele se mudou e eu não sei para onde ele foi. — suspirou — Não sei o que eu faço.
Disse a ele para pedir ajuda a professora Helena, mas ele não quis. Mário estava realmente mal, e quando ele está triste, automaticamente fica de mau humor.
Prosseguimos a aula de música, cantamos Aquarela e a professora Matilde parecia nervosa. Parece que ela tem traumas da nossa sala, ela é meio maluca.
Não demorou muito e a professora percebeu que Mário não estava bem.
— O que foi, Mário?
— Me deixa. — respondeu seco.
— Não vou te deixar, quero te ajudar. Pode falar, o que aconteceu?
Os olhos de Mário começaram a ficar cheios de lágrimas.
— Meu cachorro está morrendo.
Será que o Rabito está tão mal assim?
Fomos dispensados para o intervalo mais cedo porque a diretora Olívia queria falar com a professora Helena. A sala toda foi conversar com o Mário, todos estavam preocupados.
— Eu tenho certeza que quando eu voltar 'pra casa, o Rabito não vai estar mais vivo. — disse Mário.
— Não, Mário. Os cachorros são mais fortes do que a gente imagina. — consolou Davi.
— E você cuida muito bem dele. — falei.
— O cachorro lá de casa ficou doente várias vezes. Só foi levar ele no veterinário que ele ficou bom. — Koki disse.
Eu nem sabia que o Koki tinha um cachorro de estimação.
— Se o Jaime ficar doente, a gente leva ele no veterinário. — brincou Paulo.
— A gente está num momento triste e você fica fazendo piadinha. — Jaime nem ameaçou bater no Paulo dessa vez.
— Verdade, seu anti romântico. — Laura disse.
Sentei ao lado de Mário e fiquei abraçada com ele por um tempão. O olhar dele estava tão distante. Nem gosto de imaginar o tanto de possibilidades que estão passando na cabeça dele. Detesto vê-lo triste, ele merece apenas coisas boas.
Depois fui conversar com as meninas.
— Maria Joaquina, por que não pede 'pro seu pai cuidar do Rabito? — perguntou Marcelina.
— Meu pai é médico. Ele cuida de pessoas, não de animais. — disse Maria Joaquina em um tom rude.
— Quem cuida dos animais são os veterinários, Marcelina. — Carmem explicou.
— Falando em veterinários, o que era amigo do Mário se mudou, agora ele não conhece nenhum de confiança. — falei.
— Na verdade, quem tem que pagar um veterinário para o Mário é a família dele. — disse Maria Joaquina.
— Como se eles não têm dinheiro? — questionou Carmem.
— Nem vontade, esqueceram que a madrasta do Mário é uma bruxa voadora? — disse Laura, nos fazendo rir.
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𝐘𝗈𝗎 𝐡𝖾𝖺𝗅𝖾𝖽 𝐦𝖾 . . . | 𝓜𝓪𝓻𝓲𝓸 𝓐𝔂𝓪𝓵𝓪
Romance𝐇𝗂𝗌𝗍𝗈́𝗋𝗂𝖺 𝖽𝖾 𝖺𝗆𝗈𝗋 entre 𝖽𝗎𝖺𝗌 𝖼𝗋𝗂𝖺𝗇𝖼̧𝖺𝗌 𝗊𝗎𝖾 𝗉𝗈𝗌𝗌𝗎𝖾𝗆 𝖺 𝗆𝖾𝗌𝗆𝖺 𝖽𝗈𝗋, 𝗆𝖺𝗌 𝗅𝗂𝖽𝖺𝗆 𝖼𝗈𝗆 𝖾𝗅𝖺 𝖽𝖾 𝗆𝖺𝗇𝖾𝗂𝗋𝖺𝗌 𝖽𝗂𝖿𝖾𝗋𝖾𝗇𝗍𝖾𝗌. 𝐀𝗆𝖾́𝗅𝗂𝖺, 𝗌𝖾𝗆 𝗉𝖾𝗋𝖼𝖾𝖻𝖾𝗋, 𝗋𝖾𝖺𝖼𝖾𝗇𝖽𝖾 𝗈 𝖺𝗆...