POV Ana Carla
Rebeca entrou pela porta da minha sala, como sempre fazendo questão de olhar ao redor, verificando se havia algo fora do lugar. Ela jogou a jaqueta de couro no sofá e me encarou com aquela expressão que dizia que não estava ali para perder tempo.
— E aí, Ana? — perguntou, direto ao ponto. — O que tá pegando?
Eu respirei fundo, sabendo que o que viria a seguir seria complicado. Precisava ser honesta, mas sabia que estava pedindo muito. Olhei para ela, decidida.
— O que você sabe sobre Robert Pattinson?
O nome saiu da minha boca com um peso que eu não esperava. Vi os olhos de Rebeca estreitarem, e por um momento ela hesitou, o que era raro. Rebeca era boa em esconder o que pensava, mas dessa vez ela estava claramente desconfortável.
— Não sei de nada sobre esse cara, Ana. Ele é só um empresário. Um cara que organiza uns eventos chiques, ajuda umas instituições de caridade, faz filmes ou sei lá o quê — disse, tentando manter a neutralidade.
Eu a encarei, sem desviar o olhar, sabendo que ela estava tentando se esquivar.
— Você sabe mais do que está dizendo, Rebeca. E eu preciso dessa informação. Agora. — Minha voz era firme, mas baixa, um lembrete do quanto nossa relação era delicada.
Ela desviou o olhar, mexendo no cabelo com nervosismo, algo que eu já tinha aprendido a identificar como sinal de que ela estava escondendo algo. O silêncio entre nós se alongou, até que ela finalmente soltou um suspiro cansado.
— Ele é implacável, Ana. Sempre foi. Nunca deixa rastro. Ele coloca um monte de laranjas na frente, mantém as mãos limpas. Por isso que ninguém nunca pegou ele. O cara é um gênio nesse jogo — admitiu, finalmente. — Não vai ser fácil.
Eu sabia que ela falava a verdade. Robert Pattinson era um fantasma.
— Preciso de uma ponte. Um jeito de me aproximar dele sem levantar suspeitas — eu disse, minha voz carregada de intenção. Era agora ou nunca.
Rebeca franziu a testa e me olhou como se eu tivesse perdido o juízo.
— Você quer se aproximar dele? Tá louca? Esse cara tem um faro pra polícia. Ele vai saber que você é delegada só de olhar pra você.
Ela estava certa, mas eu tinha um plano. Um plano que precisava de Rebeca para funcionar.
— Eu vou me infiltrar de outra forma — falei, mantendo o olhar fixo nela. — Em nome da nossa amizade, e de todas as vezes que eu fechei os olhos para o que você faz... você me deve essa, Rebeca.
Ela me encarou por um momento, a tensão no ar palpável. Eu sabia que estava pedindo demais, mas não havia outra opção. Finalmente, ela cedeu, jogando as mãos para o alto em resignação.
— Tá bom, tá bom. Tem um evento beneficente que ele vai organizar. Eu posso te colocar lá, mas você vai ter que se virar. E o aviso tá dado: ele tem um faro aguçado. Se desconfiar de você, já era.
Dei um meio sorriso, sabendo que já estava à frente dela.
— Não se preocupe. Não vou como delegada. Vou como uma artista plástica.
Rebeca me olhou como se eu tivesse acabado de inventar uma mentira absurda.
— Artista plástica? Você?
Assenti, com confiança.
— Sim. Nos meus momentos de folga, eu faço peças de cerâmica. Vasos, esculturas... É meu hobby. Vou me oferecer para doar uma peça pro leilão beneficente. Assim, me aproximo sem levantar suspeitas.
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ROBERT PATTINSON | A VINGANÇA DE ANA
FanficAna é uma experiente delegada de Polícia Criminal cuja vida vira de cabeça para baixo ao descobrir que sua melhor amiga, Alice, foi brutalmente assassinada por Robert Pattinson, um poderoso empresário que esconde sua verdadeira face por trás de uma...