ROBERT PATTINSON | A VINGANÇA DE ANA

27. Ela te prendeu e foi Embora?

POV Narrador

Ana sentiu o coração apertar enquanto estava deitada contra o peito de Robert. Ele estava machucado, mas ainda tentava manter aquele ar de confiança, como se nada fosse capaz de derrubá-lo. Ela ergueu o rosto, os olhos preocupados passando pelos cortes e hematomas no corpo dele.

— Você está machucado... — disse, a voz suave, mas carregada de preocupação.

Robert sorriu, aquele sorriso torto que a fazia perder a cabeça.

— Eu aguento — ele respondeu com tranquilidade, embora o corpo dele tremesse levemente de dor.

Ana franziu a testa, os dedos tocando levemente a pele machucada do ombro dele, tentando ser cuidadosa. Ela queria dizer para ele parar, para não se forçar mais, mas as palavras ficaram presas em sua garganta. Ele sempre tinha essa capacidade de desarmá-la, de fazer com que ela se perdesse naquele misto de desejo e raiva.

— Robert... — tentou novamente, mas a voz saiu mais fraca do que pretendia.

Antes que pudesse continuar, ele se inclinou sobre ela, o rosto próximo ao dela. Seus lábios tocaram o pescoço dela de forma suave, mas carregados de intensidade. Ana suspirou, sentindo o arrepio percorrer seu corpo, o calor crescente entre eles. Mesmo com a dor evidente, Robert parecia determinado a não deixá-la escapar.

— Me algema, delegada... — ele murmurou contra a pele dela, a voz rouca e carregada de desejo. Ele se moveu com dificuldade, rolando sobre ela na cama, gemendo levemente ao forçar os músculos machucados.

Ana sentiu a respiração falhar por um momento, o corpo reagindo ao toque dele, ao calor que emanava de cada movimento. Seus lábios encontraram os dele, e o beijo carregado de sentimentos que ela não sabia como controlar. Havia desejo, claro, mas também havia algo muito mais profundo. Algo que a aterrorizava e ao mesmo tempo a atraía como nada antes.

— Isso é loucura... — murmurou entre os beijos, tentando manter algum resquício de racionalidade, mas a voz falhava. — Amar você é a maior loucura da minha vida.

Robert interrompeu o beijo por um momento, os olhos dele se fixando nos dela. Havia uma intensidade ali que a fez perder o fôlego. Ele acariciou o rosto dela, os dedos passando pela linha da mandíbula com uma suavidade que contrastava com tudo o que ele representava.

— E eu amo você, Ana — ele disse, a voz baixa, quase um sussurro, mas carregada de verdade. — Mais do que deveria, mais do que consigo expressar.

Ela queria responder, queria dizer que aquele sentimento a consumia de uma forma que a deixava perdida. Mas as palavras desapareceram no instante em que os lábios dele encontraram os dela novamente. O beijo foi mais intenso, cheio de urgência e paixão. As mãos de Robert se moviam pelo corpo dela, como se quisesse gravar cada centímetro na memória.

Ana sabia que estava perdendo o controle, que aquele momento ia contra tudo o que acreditava. Mas, naquele instante, deitada na cama com ele, o corpo quente contra o dela, nada mais importava. Ela o amava, mesmo que fosse a maior loucura de todas. E, por mais que tentasse negar, já estava completamente entregue.

Os beijos ficaram mais lentos, mas cheios de intensidade, como se ambos quisessem aproveitar cada segundo daquele momento. Ela sabia que, fora daquele quarto, o mundo era um caos. Mas ali, naquele instante, havia apenas os dois.

— Eu nunca vou deixar você ir — Robert murmurou, os olhos brilhando enquanto olhava para ela.

E, pela primeira vez, Ana não se preocupou com o que isso significava. Ela apenas se deixou levar, aceitando o que estava diante dela: o amor que sentia por ele, por mais insano que fosse.