22 Uma bomba prestes a explorar

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Bruno Mars

Um estrondo acaba com tudo. Violet se assusta com o barulho e confesso que eu também. Tenho vontade de esganar qualquer um que seja por ter atrapalhando esse momento. Filho da puta. Não me afasto, sentindo Violet se mexendo para tentar ver quem seria o desgraçado.

Quando olho para os espelho encaro os olhos assustados e um pouco atrapalhados que rapidamente saem correndo. Merda. Dylan tropeça ao subir a escada, deve estar bebado. Olho para baixo vendo os olhos curiosos e grandes de Claire me perguntando quem era.

Respiro fundo de afastando um pouco quando percebo que estou a imprensando na pia.

— Dylan. - respondo passando a mão na testa. Parecendo assustada ela não diz nada.

Com certeza de preocupação. Talvez esteja preocupada que Dylan espalhe para alguém e, não, não acho que ele faria isso. Talvez nem se lembre na verdade, parecia estar tão bebado que mal conseguiu subir a escada sem quase quebrar a cabeça em um dos degraus.  Volto a olhar para ela e vejo-a...

Ela está... rindo?

Ela está rindo.

Uma alta gargalhada rasga o silêncio. Separo mais ainda nosso corpos que mesmo distantes mantém uma tensão assustadora. Observo seus olhos lindos transbordarem lágrimas, essa sim... essas sim, de felicidade. Cacete. Quando foi que comecei a sentir essa porra toda vez que vejo o sorriso dela?

— Porra... agora eu acredito. - digo vendo sua cabeça se levantar e me encarar.

A mesma tenta se conter e volta a respiração como um ser humano comum.

— Você... você deveria ir falar com ele, estamos ferrados se Dylan abrir a boca. - diz ainda sorrindo e tentando conter as lágrimas que insistiam em sair dos olhos.

Observo seu gesto tranquilo, de quem estava tranquila e não apavorada por alguém ter nos visto. Por algum motivo isso me deixou... leve. Analiso sua frase e não resisto a vontade de dizer:

— Isso não seria tão ruim, seria? - pergunto descaradamente, sem qualquer pudor.

O que faz com que ao contrário de mim, Violet saísse de sua pele tom de pêssego para um vermelho pimentão. Cacete, isso é estranho mas é engraçado vê-la assim. Imediatamente sua risada se cessa e me culpo um pouco por isso, gostaria de ouvi-la por mais tempo.

Sua boca suave se abre mas nenhum ruído sai, apenas o ar quente, que me faz querer sentir novamente o gosto de vinho da mesma. Sua mão bate em meu peito por um breve instante, o que não deveria me causar muita tensão, e agora um riso nervoso brota em seu rosto.

— Vai, anda. - disse indicando a escada com o queixo, observo-a por mais um tempinho até finalmente subir as escadas em busca do desgraçado.

Quando entro novamente no ambiente, um cheiro forte de álcool se faz, porra... com certeza alguém está extrapolando na bebida. Busco com os olhos a figura do homem mas nada, procuro Olívia já que os dois estão sempre juntos e não a vejo.  Me aproximo de um homem da equipe de iluminação, ele parece ser o único que ainda não bebeu nada. 

Seus olhos se arregalam como se tivesse visto um fantasma mas ignoro isso e volto ao foco.

— Ei cara, você viu o Dylan ? - ele parece um pouco assustado ainda para me responder.

Pigarreio parecendo tirar ele de um transe esquisito.

— Ah, não... não vi, talvez tenha ido pegar mais bebida na adega? - diz por fim.

Agradeço e vou até onde paro e penso, é bem óbvio que ele pode estar lá. Quando termino de descer a escada vejo uma porta preta e com certeza deve ser ali. Bato na porta, sem resposta, então adentro o local.

Puta que pariu.

Eu com certeza não devia ter feito isso.

Meus olhos correm primeiro para a enorme parede de bebidas alcoólicas e logo depois caem sobre duas pessoas. Olívia e Dylan se beijando. Quando percebem minha presença logo se afastam e me olham assustados. Abaixo a cabeça e fecho a porta, tentando desver o que eu vi. Bom, dou graças a Deus por eles estarem vestidos.

Tento não rir da situação. É uma merda quando alguém aparece do nada, não é Dylan? . Penso no quão irônico foi o destino em nos colocar em poucos minutos na exata situação. Puta merda.

— Ah... Cara, então... - A figura alta dele aparece atrás de mim, agora um pouco menos apavorado.

Cruzo os braços para ouvi-lo.

— Pode ir parando... e a história de não se envolver com pessoas do trabalho? - me faço de sonso. Sua expressão de indignação está bem evidente.

— Você também quebrou isso! Não se faça de sonso. Eu vi você e a Violet. - agora é sua vez de cruzar os braços.

Cacete, estamos no mesmo barco. Pigarreio tentando não demostrada minha vontade de rir.

— Porra... que tal fazermos assim? Eu não vi nada e você não viu nada? Hm? - tento negociar.

— Fechado. - concorda rápido.

Um silêncio constrangedor se forma até ambos explodirem em risadas.

— Cacete... eu... eu vou voltar lá para cima. Devia fazer o mesmo. - digo batendo em seu ombro e o mesmo assente.

Tento parar de pensar nessa situação em que o destino nos colocou e volto para onde uma multidão se encontrar. Quando entro no ambiente, o ar está pesado. Porra, o que caralhos está acontecendo?

Violet derruba a taça de vinho quando olha para o celular, vejo o pavor na sua face e corro pra próximo. Todos tem os olhos grudados na mesma e Olívia parece chocada com alguma coisa. Mais que merda.

Rapidamente todos estão com seus celulares na mão. Toco o ombro de Vi e sinto como ela estivesse congelada, rígida.

Quando me olha... parece prestes a desabar.















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Capitulo não revisado.

Gentis e fiéis leitores, peço perdão pela demora de novos capítulos, prometo que vou tentar entregar mais para vocês. Boa leitura 📖.

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