21

34 2 0
                                    

⚠️ Este capítulo aborda um tema sensível que podem servir como gatilho para algumas pessoas. O tema em questão é o assédio ou insinuação de assédio. Eu recomendo que, se esse for um assunto sensível para você ou um gatilho, você pule a leitura ou leia em um momento em que estiver mais preparado. Seu bem-estar é importante e vem em primeiro lugar. ⚠️

☆☆

Os olhos de Sarah piscaram enquanto ela tentava se acostumar com a claridade do local, que, por sinal, era escuro, bem escuro. No primeiro movimento da cabeça que ela tentou, sentiu uma dor aguda na parte de trás da cabeça e, por instinto, quando ela moveu a mão para levar atrás da cabeça, ela não conseguiu mover as mãos. Ela forçou novamente o movimento e notou que seus pulsos estavam presos.

Aos poucos, ela foi percebendo o que estava acontecendo quando sentiu a cadeira debaixo de si, com os seus pulsos presos na parte da cadeira, e o mesmo valia para os seus tornozelos. Cada batida de seu coração parecia ecoar na sua mente, intensificando a sensação latejante que a deixava tonta e desorientada. Tentou se mover, mas seus pulsos e tornozelos estavam amarrados firmemente à cadeira, os nós da corda queimando sua pele a cada tentativa de se libertar.

Ainda desorientada, Sarah levantou a cabeça e olhou ao redor, tentando identificar onde estava. A sala estava fria, sem iluminação, além de uma fraca luz distante que mal quebrava a escuridão. Seus olhos, ainda se ajustando à falta de luz, mal conseguiam discernir as formas ao redor. Mas então, ela o viu.

Pavlova.

Ele estava em pé diante dela, como uma sombra predadora, observando cada movimento seu com uma intensidade assustadora. Seus olhos percorriam seu corpo de forma meticulosa, como se estivesse estudando cada reação, cada suspiro, cada expressão de dor. Havia algo de animalesco no olhar dele, algo que a fez sentir-se como uma presa indefesa na mira de um caçador.

— Finalmente acordada — sua voz soou calma, mas cheia de crueldade. — Estava começando a achar que você não teria forças para isso.

Sarah tentou controlar a respiração, lutando contra o pânico crescente. A sensação de vulnerabilidade era esmagadora. A cadeira em que estava presa era dura e desconfortável, o metal gelado de seus braços pressionava contra suas costas, e a pressão nas cordas só intensificava a dor em seus membros.

Ela tentou falar, mas sua garganta estava seca, e as palavras pareciam presas.

— Não precisa ter pressa para falar — Pavlova continuou, inclinando-se um pouco para frente, seus olhos fixos nos dela. — Temos tempo. Muito tempo.

Pavlova começou a se aproximar de Sarah, seus passos ecoando, quebrando o silêncio da sala. Quando chegou bem perto, ele inclinou o corpo levemente, abaixando-se na altura dela, o sorriso frio ainda pairando em seus lábios. Sua mão, de dedos longos e firmes, ergueu-se lentamente até alcançar o rosto de Sarah. Ele tocou sua bochecha com suavidade, o contraste entre o gesto delicado e a intenção cruel atrás dele era quase nauseante.

— Você é linda, Sarah — murmurou com um tom baixo e quase apreciativo, enquanto seus dedos percorriam sua pele, traçando uma linha ao longo da curva do rosto até o queixo. — Forte, resistente... mas ainda assim, tão frágil.

Seus olhos vagaram lentamente, de forma descarada, pelo corpo de Sarah, sem disfarçar a maneira invasiva como a estudava. O olhar dele desceu dos olhos dela para seus lábios, para o contorno de seu pescoço, e depois mais abaixo, pela região de seus seios, quadris e cintura. A mão dele também desceu do rosto, passeando pelo lateral do corpo de Sarah de modo lento como se apreciasse

𝐃𝐞𝐬𝐭𝐢𝐧𝐲 | 𝐒𝐭𝐞𝐯𝐞 𝐑𝐨𝐠𝐞𝐫𝐬Onde histórias criam vida. Descubra agora