A caçada começa, o dragão sente fome

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Viserys sentindo o peso da decisão sobre seus ombros se viu encurralado, ele não queria matar sua esposa ou seu amigo embora ambos tivesse machucado sua filha, vendo tudo o que tanto prezava desmoronar aos seus pés ele acabou entrando em colapso.

Quando Viserys desmaiou, cuspindo sangue, a sala inteira entrou em um frenesi. Os gritos de surpresa e pânico preencheram o ambiente, e os guardas e criados se apressaram em socorrer o rei. O meistre de confiança de Rhaenyra foi imediatamente chamado, e ele se aproximou para examinar Viserys, enquanto todos observavam com apreensão.

Rhaenyra, apesar da dor e da angústia de ver seu pai naquele estado, manteve-se firme. Ela sabia que, como herdeira, as decisões agora recaíam sobre seus ombros. Enquanto o rei era levado para ser tratado, a princesa assumiu o controle da sala, sua presença dominando o ambiente.

— Guardas — sua voz cortou o caos, clara e autoritária. — Levem Alicent Hightower e Otto Hightower para a prisão. Eles aguardam julgamento por seus crimes contra a coroa e contra minha família.

Os guardas hesitaram por um momento, mas o olhar firme de Rhaenyra os forçou a agir. Alicent, pálida de terror, foi pega pelos braços, enquanto Otto mantinha uma expressão fria, mas seu olhar traía um misto de raiva e desespero. Eles foram levados em silêncio, cientes de que qualquer resistência apenas pioraria a situação.

Em seguida, Rhaenyra voltou-se para os gêmeos, Maegor e Daegon, que observavam tudo com olhos arregalados. Ainda jovens, mas já cheios do veneno que haviam herdado de sua mãe e avô.

— Levem os gêmeos para seus aposentos. Serão mantidos sob vigilância constante. Apesar da idade, representam um perigo,  não apenas para a minha família, mas para o reino.

Os guardas, desta vez mais confiantes, fizeram o que foi ordenado. Maegor e Daegon protestaram, mas suas palavras foram ignoradas enquanto eram escoltados.

Com a sala finalmente em ordem, Rhaenyra suspirou, sentindo o peso da responsabilidade sobre seus ombros. O destino do reino estava agora em suas mãos, e ela sabia que tempos difíceis viriam. Virando-se para Daemon, que estava ao seu lado, ela murmurou:

— Isso é só o começo, tio. E agora, devemos nos preparar para o que está por vir.

Daemon sorriu levemente, com sua confiança habitual, e colocou uma mão no ombro dela.

— Estamos prontos, princesa. Sempre estivemos.

A tempestade sobre Driftmark continuava a rugir, como se os deuses estivessem cientes da virada de eventos que se desenrolava. O reino estava à beira de uma nova era, e Rhaenyra Targaryen, a princesa herdeira, seria quem guiaria os próximos passos — com fogo e sangue.

A notícia do diagnóstico do rei Viserys atingiu Rhaenyra como um golpe devastador. Ao ouvir que seu pai estava sofrendo de uma bactéria comedora de carne que havia corroído metade de seu braço, costas e perna esquerda, ela foi tomada por uma mistura de dor, raiva e frustração. O fato de que os meistres tinham permitido que a condição do rei chegasse a tal ponto era inaceitável para ela.

No quarto onde o rei estava sendo tratado, a atmosfera era sombria e pesada. Rhaenyra estava ao lado de seu pai, observando o estado deplorável em que ele se encontrava. Viserys, com o corpo fragilizado, respirava com dificuldade enquanto seus gemidos de dor ecoavam pelos aposentos. Os meistres, tentando de tudo para atrasar a morte iminente do rei, aplicavam ungüentos e remédios, mas todos sabiam que era apenas uma questão de tempo. O sofrimento seria longo e doloroso.

Rhaenyra estava de pé, observando o tratamento, os olhos brilhando com lágrimas, mas também com uma fúria crescente. Quando os meistres finalmente saíram do quarto, ela os encarou com um olhar mortal. A tensão era palpável.

A Herdeira Das Chamas | A casa do dragão Onde histórias criam vida. Descubra agora