20 - Finalmente...

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"Pelo visto ele deve ser seu amante preferido, já que até declarou seu amor a toda altura."

Eu arregalei meus olhos.

"E quem disse que eu tenho amantes?"

Os olhos do duque estavam frios sob mim, com aquela mesma expressão severa habitual.

"Eu estava tão feliz com o toalete que até sonhei com a empresa Tesla."

Ele revirou os olhos.

"Daqui três meses, haverá o festival anual do norte, você será responsável em organizar."

"E-eu? Eu pensei que a Flore que faria isso..."

'No manhwa, foi a Flore que foi responsável para organizar o festival, então por que isso tão de repente?'

"Não. Flore está voltando para o condado dos meus pais."

Eu fiquei tonta por um momento, meus dedos segurando minha testa.

'Isso nunca aconteceu na história...'

"Senhora?"

Miriam me tocou, ao perceber o suor se formando em minhas mãos.

"Está bem."

O duque assentiu e então deixou o quarto. Isso só abriria mais brechas para eu ser criticada e humilhada, essa era a intenção dele afinal.

Até porque ele não confiava em mim, então com Flore indo embora assim, tudo estará em minhas mãos. O que significa que, até mesmo um grão errado na cozinha passará a ser minha culpa.

'Acho que consigo fazer isso... Quer dizer... Fui eu quem organizei a festa de formatura no ensino médio, mas isso é totalmente diferente de uma formatura!'

***

O único suspeito do envenenamento de Luella Everret era Flore, sua irmã Flore. Ele não podia puni-la como esperava punir o culpado, e nem poderia punir outra pessoa. Então havia apenas um jeito, arquivar o caso e dizer que não havia provas ou testemunhas.

Também não poderia deixar Flore impune, apesar dela ser sua irmã e Luella ser quase uma inimiga para ele, Luella ainda era sua esposa.

A esposa que ele odiava, mas ainda assim sua esposa.

E se ela tivesse morrido por envenenamento, uma guerra territorial aconteceria entre os Wiscold e Everret. Apesar de Wiscold ser superior a eles, ainda haveria muitos rumores e especulações.

A reputação do duque iria água a baixo, e isso poderia causar conflitos até mesmo na sua relação com a família imperial.

O único jeito era cortar o mal pela raiz, mandar sua irmã embora com seus pais.

A duquesa já havia se mostrado bem competente em administrar a casa.

A única questão em aberto era o festival anual. Ele esperava que ela fosse capaz de planejar isso também, ou então, eles com certeza estariam em problemas.

No fim, ele acreditava nela. Mesmo que odiasse admitir isso.

Ela era esperta e perspicaz, ela com certeza tinha algum tipo de influência.

Era mais esperta que todas as mulheres desse império, e era disso que ele tinha medo. Que sua esposa fosse capaz até de superá-lo.

A fumaça do trem preenchia a estação, nada novo a se mostrar ali. Apenas mais um dia movimentado na capital de Ahjin. O trem parou, e as portas se abriam.

Os nobres sempre andavam apressados, quase correndo. Teve um que foi diferente.

Sua roupa parecia mais cara do que as outras, sua pele era morena, diferente das pessoas do império. Seus cabelos castanhos claros e cacheados mostravam que ele não era dali.

Andava calmo, seus olhos verdes atentos ao ambiente. Sua aura emanava curiosidade e ao mesmo tempo atraía.

Ele tinha apenas a roupa do corpo, caminhando pelas ruas movimentadas na cidade. Parou quando viu uma placa grande presa em uma loja. Estava escrito: "Camilla".

"Finalmente."

Uma voz baixa saiu de sua garganta, acompanhando um pequeno sorriso.

*N/A: Esse foi o último capítulo do primeiro volume. Até mais!

I became the duke's evil wife Onde histórias criam vida. Descubra agora