I became the duke's evil wife

58 - Por outro ângulo

Isaak viu os portões se abrirem e sua esposa caminhar em sua direção. Aquele vestido era bastante sugestivo em relação a sua figura, e os olhos dos nobres estavam presos nisso. Apertou seus punhos inconscientemente.

Não deixaria as ações inconsequentes de Luella estragarem aquela noite.

Quando ela se aproximou o suficiente, ele pegou a mão dela e a beijou. Se inclinando. Aproveitando para aproveitar um pouco daquela beleza extraordinária, mas havia algo que não combinava com tudo isso.

Os olhos dela eram inertes e sem nenhum brilho, como se houvesse uma escuridão que os devorava. O que não era mentira, os olhos dela eram escuros como penas de corvos, mas mesmo um corvo tem vida brilhando em seus olhos. Ela não.

"Não faça essa cara."

Os olhos dela denotaram algo diferente daquela melancolia costumeira. Eles mostraram confusão.

"O que?"

"Sua expressão. Como se você estivesse morta."

Os dedos dela foram parar em seu rosto, tocando e o apalpando. Como se quisesse descobrir o que tinha de errado. Comprimiu os lábios e os tirou rapidamente ao perceber.

'Você nem sabe do que estou falando... É realmente algo que faz parte de você.'

"Ha... me desculpe."

"Você deveria tentar sorrir um pouco, ao menos em um evento tão importante."

Apesar de seu tom ter parecido de repreensão, não tinha nada a ver com o festival. Era tudo parte de seu egoísmo. O desejo que teve em vê-la sorrir, a curiosidade de como seria...

Aparentemente, isso apenas arruinou as coisas. Ela encarou os sapatos, parecendo se encolher. E antes que tentasse consertar, Reeze veio na direção deles.

E Luella desapareceu do campo de visão do duque.

"Aquela era a duquesa?"

"Sim."

Isaak continuou procurando Luella com os olhos. Enquanto Reeze apenas se encolheu, dando um sorriso tímido.

"Ah...!"

Ele ergueu as sobrancelhas quando viu sua esposa sentada, olhando para as pessoas. Estava prestes a ir atrás dela, quando sentiu a manga de seu uniforme sendo puxado.

Virou para trás e viu a mulher loira com uma expressão envergonhada no rosto, suas bochechas visivelmente coradas.

"O sacerdote quer que dancemos a primeira dança."

"O que? Dancarei a primeira dança com minha esposa."

Um homem de cabelos castanhos e olhos azuis se aproximou. O duque fez uma reverência respeitosa.

"Santidade."

"Quer dizer que o duque não mostrará apoio à santa?"

"Que...?"

"Isso mesmo. Ao dançar a primeira dança com Reeze, mostrará que o ducado apoia o templo e a santa."

Isaak juntou as sobrancelhas, cruzando os braços.

"E se eu não quiser?"

"Não apoiar a santa é o mesmo que travar uma guerra contra o templo. O duque será capaz de lidar com as consequências?"

A jovem cobriu a boca com as mãos, seus olhos arregalados.

"Não diga isso para Is!"

Uma gota de suor escorreu pelo rosto de Isaak, ele apertou seus dentes.

'Não posso desafiá-los. Nossos magos não são páreos para o poder sagrado.'

E no momento da primeira dança, sua esposa veio até ele. O chamando para dançar.

"Dance comigo, duque."

Ele não conseguiu formular uma resposta. Não conseguiu dizer "não". Não queria dizer "não".

"Dance comigo."

'Eu tenho certeza que meus sentimentos por Reeze não mudaram, então por que me sinto tão sujo?'

Desistiu de tentar responder, apenas indo fazer o que precisava ser feito. Tomando Reeze em seus braços, dançando com ela. Imaginando que ela não tinha cabelos loiros, e sim vermelhos. Que seus olhos não eram azuis como o mar, e sim escuros como a noite sem lua.

E Luella ficou parada, os observando. Seus olhos naquela habitual indiferença, mas parecia haver um brilho. Um brilho triste.