45 - Are the lucky ones this time?

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"Could it be that you and me are the lucky ones this time?" A frase ecoava em minha mente, quase como um mantra envolto em dúvidas e incertezas. Eu me questionava se realmente poderia haver sorte naquela situação, em meio a um mar de confusões e intimidações.

Se aquilo poderia se desenvolver como qualquer outra história, ele esquecia Reeze e se apaixonava por mim. Parecia que não seria o caso, apesar de meus sentidos estarem sendo traiçoeiros e me indicando coisas que provavelmente nem existiam.

Ao me deitar na cama, senti o peso de todas as emoções que me assolavam naquele momento. A presença de Isaak ao meu lado era perturbadora, mas ao mesmo tempo despertava uma curiosidade que eu não conseguia ignorar. Suas ações tinham um significado oculto, suas palavras carregavam um subtexto que eu ainda não conseguia decifrar.

A pintura na parede do cavalheiro oferecendo uma rosa de ouro à senhorita ecoava em minha mente, como uma representação simbólica da relação entre mim e Isaak. Seria ele o cavaleiro que traz consigo um presente dourado, ou seria apenas uma ilusão que desmoronaria diante de mim?

Eu preferiria não saber. Porque toda essa vida tinha um grande e vermelho "não" carimbado em tudo, e com Isaak não seria diferente. A forma como ele desprezou sua esposa no manhwa era incapaz de me dar a segurança de que um dia ele viria a me amar. Ela foi acusada pela própria família e ele nem tentou defendê-la.

Enquanto me afundava em pensamentos tumultuados, um misto de emoções se entrelaçava em meu ser. A saudade dos temperos e sabores que me eram familiares contrastava com a estranha sensação de calor e segurança que Isaak parecia emanar. Eu me sentia dividida entre o passado e o presente, entre a nostalgia e a incerteza do futuro.

Era como se estivesse andando em uma corda bamba, tentando equilibrar-me entre o desconhecido e o familiar. Cada passo incerto que eu dava em direção à verdade potencialmente dolorosa que se escondia atrás dos olhos vermelhos de Isaak me levava mais perto de um abismo de perguntas sem respostas.

Enquanto me envolvia na camisola de verão, senti o toque suave do tecido contra minha pele, um contraste com a rigidez da situação em que me encontrava. A música de Lana Del Rey continuava a ecoar em minha mente, como um lembrete constante de que a melodia da vida podia ser tanto bela quanto melancólica.

Eu fiquei olhando para o teto, pensando que para mim, naquele momento, era mais importante sobreviver do que ter um amor. Se eu amasse alguém... Quem garantia que eu realmente iria aproveitar a minha vida? Como da última vez... Quantas coisas deixei de fazer por causa dele. Quantas?

E o medo de nunca ser correspondida pesava meu corpo, o medo de ser traída assim que eu mostrar a minha forma mais vulnerável. A expressão dele quando ele ver quem eu realmente sou.

'Enquanto eu me puder manter protegida pela armadura da ignorância, eu vou ficar bem, mas a partir do momento em que ela quebrar... Coisas terríveis podem acontecer.'

E na penumbra do quarto, enquanto me entregava ao sono turbulento e repleto de sonhos inquietantes, eu sabia que aquela jornada ao lado de Isaak seria repleta de desafios e revelações. E eu estava determinada a enfrentar cada um deles, mesmo que significasse confrontar minhas próprias verdades mais obscuras e profundas.

Assim, no limiar entre a realidade e a fantasia, entre a saudade e a esperança, eu adormeci, pronta para a jornada que se desenrolaria diante de mim, sem saber ao certo o que o destino reservava para nós, os protagonistas desse intricado enredo de mistérios e segredos.

I became the duke's evil wife Onde histórias criam vida. Descubra agora