32 - Dividir um quarto

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Meus olhos se abriram, qualquer incômodo físico era totalmente inexistente. Espere. Aquele quarto era bem diferente do meu quarto, sendo cheio de coisas caríssimas.

'Eu reencarnei de novo?'

Bem, ao menos eu era rica.

Abri meus braços em contentamento, sentindo um deles se apoiarem em uma superfície dura.

"Dizem que colchões duros fazem bem para a coluna. Então eu devo ser muito rica!"

Apalpei o lugar.

"Só que é mais alto que a minha cama."

Virei a minha cabeça, encontrando um Isaak adormercido. Meu braço apoiado em seu peito duro.

"Que diabos..."

Senti meu rosto queimar, rapidamente me sentei. Parando de o tocar.

"Putz, tô no quarto do meu marido."

Instintivamente, olhei para baixo e respirei aliviada.

"Esse não é o caso, então, woaaah...!

Então, o que aconteceu?"

Flashbacks inundaram a minha memória, um calafrio percorreu minha espinha. Em pensar que quase matei o duque.

"Ele claramente pensa que sou uma espiã agora! Até por que diabos uma jovem dama saberia esgrima?!"

Encarei meu antebraço, que a manga comprida cobria. A cicatriz estava lá.

'Que bom que eu fiz a sangria no meio da noite, eu não poderia saber o que teria acontecido se eu continuasse naquele estado.'

"Então, todo esse bem estar é por causa da sangria, e não pelo idiota do Isaak!"

Eu sorri.

Eu estalei meus dedos, decidindo ignorar a situação e simplesmente escapar.

Fui parar na cabana de sempre, aquele ar extremamente delicioso, preenchendo minhas narinas. Fechei meus olhos por um momento e apenas aproveitei tudo aquilo.

'Eu preciso tentar.'

Abri meus olhos, minha alma enchendo-se de uma determinação e euforia. Visualizei uma pá, em minha mente, a ferramenta instantaneamente em minha mão.

Sai para fora, indo para um lugar afastado. Conecei a cavar um buraco. A fadiga já tomava meu corpo, gotas de suor tomaram meu rosto.

"Quem poderia imaginar? Luella Everett cavando um buraco!"

Eu bufei, largando a pá.

"Ai, desisto! Muito difícil."

Me sentei no chão, todo aquele cansaço e desânimo tomando conta de cada centímetro de meu corpo.

'Eu acabei de acordar e já me sinto assim.'

"É melhor eu comprar."

Meu coração disparou com aflição.

"Acho que eles nem sabem o que é petróleo."

Abracei meu corpo, me sentindo cada vez mais cansada emocionalmente.

'Mesmo que eu seja boazinha assim, minha cabeça ainda está em jogo. O que eu faço? Eu preciso de alguém mais forte.'

Estalei meus dedos. De volta ao quarto de Isaak, me levantei rapidamente. No caminho de volta para meu quarto, encontrei Miriam.

Seu rosto ficou pálido, e ela segurou minhas mãos.

"Duquesa...!"

Ela soluçou.

"Bom dia, Miriam."

"Eu fiquei com tanto medo quando soube! E ainda remédios não funcionam em você!"

"O que aconteceu?"

Ela ergueu o olhar.

"Você não lembra?... Rebeldes invadiram seu quarto e tentaram te matar... mas... você matou todos eles...! E você teve muita febre, e pareceu não reconhecer o duque! O médico disse para apenas assistir, porque remédios não funcionam em seu corpo."

Seus olhos estavam úmidos, ela parecia honesta, apesar de relutante.

"Eu deveria ter sido mais cuidadosa."

Coloquei meus dedos em meu queixo.

"Rebeldes, huh?"

'Por que eu?'

Isso também nunca havia acontecido na história original.

"Parece que eles te identificaram como alvo fraco, mas sua morte acabaria com o status do duque."

'Então eu sou uma joia negligenciada? É isso?'

Eu tossi um pouco, fazendo os olhos de minha criada de acenderem de preocupação.

"Eu gostaria de descansar em meu quarto."

"Ha... Eu... O duque ordenou que você ficasse no quarto dele até... Um quarto adequado seja preparado para você."

Meu sangue fergeu com aquilo.

'Dividir meu quarto com o marido que me odeia e quer minha morte?'

I became the duke's evil wife Onde histórias criam vida. Descubra agora