30 - Rebeldes

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Antes de voltar para casa, eu fui até uma loja de tecidos. Todos eles eram lindos e espetaculares, mas houve um em particular que me chamou muito a atenção.

Era finíssimo, branco e meio brilhante. Tão fino que dava até um pouco de transparência. Era o que eu procurava para o vestido.

O balançar da minha carruagem fez a minha dor de cabeça retornar mais fortemente, comecei a me sentir quente. Estava se tornando insuportável, naquele ritmo, eu logo ficaria louca.

Quando chegamos, corri para meu quarto. Miriam já havia dado licença, e o meu banho já havia sido preparado.

Me despi rapidamente e tomei meu banho, me vestindo com uma camisola sem mangas.

Retirei minha faca de debaixo do colchão, onde eu havia a escondido dias atrás. Peguei a minha antiga bacia usada para lavar o rosto e tentei iniciar o processo.

A dor e o calor se tornavam cada vez mais insuportável.

Iniciei o corte, a dor afundando. Minha carne se renegando, enquanto apenas algumas gotas saíram. Eu grunhi. Iniciando outro corte quando minha porta foi aberta grosseiramente.

Eu imediatamente vesti um robe, e ao me virar, me deparei com quatro soldados. Seus rostos eram extremamente familiares para mim.

"O que vocês...? Vocês não deveriam estar aqui..."

Eu murmurei. O calor aumentando em mim.

E então, eles desembainharam suas espadas, apontando para meu pescoço.

'O que...'

"...?"

Meus olhos se arregalaram.

'Será que... eu apressei minha morte com as minhas ações...? Será que isso foi ordem do duque...?'

Meus olhos arderam, como ele...

Solucei.

'Por que ficar triste por ele?'

Minha cabeça começou a doer mais ainda.

'O que você está fazendo? Por que continuar se segurando e se segurando? Você se esqueceu do que ele te disse? Do que ele fez? Todos eles, pensam que você é um monstro.'

Eu sentia minha lucidez escapando por entre meus dedos, eu me sentia apagar. Eu só conseguia sentir aquela raiva, aquele poder em meu sangue.

Eu encarei a faca.

'Prove que estão certos! Dê o que eles querem!'

Em um movimento rápido eu a peguei e me afastei. Os homens riram com aquilo.

'Metamorfose, faca à espada. Proficiência máxima em espada. Proficiência máxima em lutas. Proficiência máxima em ataque. Proficiência máxima em defesa. Habilidade sede de sangue ativada.'

A faca em minhas mãos se tornou uma longa espada, que erradiava um brilho que provinha de runas mágicas escritas nela.

***

O duque revisava os documentos escritos por sua esposa, seus olhos eram atentos e frios em relação a isso. Conforme mais lia, mais apertava os olhos em uma tentativa de entender o conteúdo.

'Que letra é essa?'

Ele questionou.

'Minha esposa é médica e eu não sei?!'

Um cavalheiro de cabelos acobreados entrou, seu semblante era sombrio.

"Vossa graça, achamos espiões rebeldes entre os cavalheiros."

"O que?"

Ele abaixou os documentos, um grunhido escapou de seus lábios.

"São os novos cavalheiros que entraram na última seleção. Sir XXXX, Sir XXXX, Sir XXXX e Sir XXXX."

A imagem dos homens cumprimentando Luella estava fresca em sua mente.

'Por que cavalheiros? Eles não conseguiram nenhum documento nesse cargo, ou nenhuma informação importante. O máximo que eles saberiam é a rotina de treinamento, porque nem sobre o armamento eles tem conhecimento.'

Ele franziu as sobrancelhas, encarando o chão.

'Mas... como cavalheiros eles tem acesso a mansão. Acesso a espadas. Eles tem o direito de guardar quartos, pessoas...

E só tem uma pessoa fraca, esquecida e capaz de causar uma guerra aqui...-'

Ao se dar conta, ele se levantou e saiu correndo em direção ao quarto de sua esposa.

'Eu não deveria a ter negligenciado!'

I became the duke's evil wife Onde histórias criam vida. Descubra agora