Bruna Salvatore

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Sai do Mc' Donalds com o lanche da Natalia da mão, eu abaixei a cabeça pra poder contar o troco, e senti alguém esbarrando em mim, senti um líquido na minha calça, indo direto pro chão, escorreguei, e cai. Levantei a cabeça e vi um garoto, moreno olhando pra mim.

- Caramba você tá com o olho aonde não olha por onde anda? - Eu disse.

- Desculpa. Eu não te vi. - Ele estendeu a mão pra me ajudar.

- É eu percebi que você não me viu, se não você não teria manchado a minha calça nova com essa merda de Coca-Cola - Eu disse levantando sem a ajuda dele.

- Foi mal. Quer que eu compre uma calça nova pra você?
Olhei pra ele indignada.

- Não. A fila de caridade fica lá fora tá.

Peguei o pacote que tava com a comida da Natalia e sai de lá bufando.
Cheguei perto das meninas e joguei o pacote do Mc na Natalia. A Aline olhou pra minha calça e disse.

- Nossa. Era só pra você comprar a comida da Natalia, não pra tomar banho com ela.

- Ha-Ha. Que engraçado. Vai pro Zorra total. - Respondi.

- Mas afinal oque aconteceu? - Giovanna perguntou.

- Foi um Zé-roela, que esbarrou em mim e derrubou coca na minha calça.

Comecei a ficar vermelha de raiva.
- Meu Deus gente. Ela vai explodir.

A aline gritou.

- Vamos logo pro embarque - Eu disse pegando as minhas coisas e uma blusa de frio pra amarrar na cintura e esconder o molhado da calça.

Fomos até lá nos despedimos dos nossos pais e antes de entrar na avião tiramos uma foto.

- É ficou legal. - Giovanna disse.

- É guarda no core. - Respondi.

Entramos no avião, meu coração já tava saindo pela boca. Eu morro de medo de avião, sentei na poltrona, e não, eu não sentei do lado das garotas, na verdade nenhuma de nós sentamos juntas. Mas mesmo assim ainda estávamos perto. Pelo menos a Aline tava sentada atrás de mim.
Peguei o livro e meus fones. O avião ia demorar um pouco pra decolar. Olhei pro lado e... Ah não.

- O karma viu. - Eu disse.

- Você conseguiu entrar na fila da caridade a tempo? Nem deu pra perguntar por que você saiu muito rápido. - Ele disse.

- Teoria legal se eu precisasse de uma caridade de alguém. Filho eu não aceito esmola.

- Deveria. Porque hoje não é os melhores dias da sua calça.

- Quem foi que derrubou a bosta da Coca? - Disse irritada.

- Quer saber eu vou pra outra poltrona. - Ele ficou em pé.

- Não. Firmeza. Eu saio. - Levantei também.

- Tudo isso por causa de uma calça manchada?

- É a minha calça, você derrubou a merda da Coca-Cola nela. E o mínimo que você deveria pedir era desculpa.

- Eu pedi. E você saiu toda nervosinha.

- E você queria que eu saísse pulando de alegria dançando ragatanga?

- Você que tá dizendo. E outra daqui um tempo você nem vai se lembrar disso e já vai tá com uma calça nova.

Eu senti as garotas se aproximando, ainda bem porque aquilo ia da merda.

- Não é? Então vamos refrescar a sua memória desde já.

Peguei um copo de coca que tava no suporte de bebidas do acento e joguei na cabeça dele.

Consequências do Destino (Em Revisão E Modificação)Onde histórias criam vida. Descubra agora