Aline D'Champs

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Depois de tudo resolvido e eu ter me acalmado um pouco, a aeromoça veio trazer o carrinho de bebidas.
Infelizmente estávamos sentadas separadas; eu estava com um dos meninos que ajudou a fazer aquela confusão.

- Uma Vodka por favor! - ele pediu.

Eu estava na janela e ele para o corredor.

- E a senhora....? - ela olhou para mim com um olhar tão doce.

- A sim... um suco de laranja e um lanche! - pedi.

- Suco... lanche, prontinho boa viajem! - ela saiu e eu me arrumei para comer, o problema era eu me arrumar mesmo, segurei o lanche e o suco, parei e encarei a mesinha que estava no banco da frente.

Pensa pensa... Como eu levanto ela e não derrubo tudo?

Levantei a perna e tentei levantar ela com o joelho mais estava difícil. Tentei de novo e ela levantava um pouquinho e depois grudava no banco novamente. Meu joelho começou a ficar vermelho e a doer quando ouvi uma risada.

- Merda! Isso não deveria ser tão difícil! - Falei quase que para mim mesma.

- Quer que eu levante para você? - ele perguntou.

- Eu consigo! Só preciso de concentração. - Falei, ainda tentando levantar aquela mesinha.

Quando ele a puxou e com tudo.

- Obrigada... mais não precisava! - coloquei as coisas nela e comecei a comer.

- Tenho certeza que não. - ele encostou em seu acento novamente. - Você acha que sua amiga tem algum problema comportamental?

- Hã? .... a bom ela só é estressada, e um pouco teimosa... - aquele lanche estava uma delícia.

- Eu percebi... teria alguma chance de ela matar ele?

- Sim....

- Nossa - ele riu. - Vou ter que avisar ele, dentro de um avião, há muitas possibilidades.

- Verdade - comecei a rir, imaginando a Bruna batendo a cabeça do coitado no braço do acento.

Olhei pela janela do avião e estávamos acima das nuvens, meu estômago deu voltas e eu senti um medo subir. Não que eu tivesse medo de altura e sim de o avião perder a conexão com a central de controle, ou o piloto desmaia - se, ou o avião desse pane... nossa o pânico subiu, e comecei a me mexi na cadeira, apertei o cinto mais e respirei fundo.

- Podemos passar por turbulência durante o vôo, temos saquinhos para vomito, o nosso destino está a 10:00 hs de nós, Bon voyage para todos! - a voz do piloto saia de pequenas caixas de som no teto do avião.

- Dez horas!!! Aí meu Deus... respira, respira, acalma.... - Eu disse fechando os olhos.

- Primeira vez? - ele perguntou.

- Não... mais digamos que eu não confie no avião... Pensa só, se cair não tem chance de salvação! - arregalei os olhos com medo das minhas próprias palavras.

- Uou relaxa - ele riu - Quer causar pânico em todos nesse avião?

- Você tem razão... Se eu ficar assim posso fazer o avião cair, porque as pessoas podem ficar em pânico!

- Calma, olha tenta dormir... As vezes ajuda a passar o medo - ele não parava de rir.

- A tá... Se eu dormir e o avião cair?

- Eu te acordo, prometo - ele pós um mão no peito e levantou a outra.

Sorri.

- Tá... me acorda viu se a gente for morrer!

Consequências do Destino (Em Revisão E Modificação)Onde histórias criam vida. Descubra agora