Bruna Salvatore

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Tudo menos aquela idéia maluca, que a Aline estava prestes a por em ação. E eu seria o ponto principal e o mais importante desse plano suicida.

- Ficou bom? - perguntei depois de provar uma centena de roupas formais em uma loja.

- Da uma voltinha! - Aline girou o dedo.

- Só fala que essa bagaça ficou boa ou não! - Falei para elas, já estava sem paciência. Entrei no provador novamente, que tinha um cheiro de naftalina bravo.

- Ficou, você está com cara de mulher... - Aline disse enquanto eu tirava aquele trapo.

No fim das contas o cara dos olhos azuis, o tal Lucas, pagou tudo.

***

Depois de a Aline fazer minha cara parecer de uma mulher de trinta e poucos anos, nós chegamos na delegacia. E eu assumi meu papel de "Advogada". E esse seria a minha primeira demonstração de ótima atriz, tudo ia bem menos pelo salto que insistia em me fazer tropeçar em tudo. Entrei na delegacia, é um friozinho passou pela minha barriga.

- A senhora é...

- Miller. Rose Miller. Vim aqui para falar com a minha cliente Heloísa Menson. - Pausei - Se me permitir é claro. - Sorri.

- Só um minuto. - A mulher disse e se levantou.

Olhei pra trás e o povo estava do lado de fora esperando, eu dar a deixa pra eles entrarem para o julgamento.

- Temos uma audiência marcada para daqui 10 minutos.

- Ótimo, diga ao juiz que eu estou indo. - Dei sinal pra eles entrarem e fui em direção a sala de julgamentos.

- Mandou bem - Vinicius sussurrou.

- Cala a boca. Vocês me devem uma vadios - Sussurrei de volta.

Entrei na sala e a Heloísa estava lá, o povo sentou em uma das cadeiras que estava lá, todos enfileirados como se fosse a hora da merenda.

- Desculpe mas... - O Juiz começou.

- Rose Miller. Advogada de defesa de Heloisa Menson.

- Está atrasada. O julgamento terá início agora.

Sentei ao lado da Helo, nos entreolhamos, ela levantou uma sobrancelha, eu não ia deixar essa passar, pisquei e mordi os lábios, como se quisesse seduzir ela, e como ela não sabia que era eu por conta da maquiagem, ela virou o rosto com os olhos arregalados.

- Bom - O advogado de defesa da mulher começou - Eu não vejo motivos pra continuar com o julgamento, tal que, já sabemos o que aconteceu. As câmeras dizem isso.

Ele se sentou essa era a minha deixa, Helo olhou pra mim e eu fiquei tipo "relaxa vai ser mamão com açúcar". Levantei e fui até as imagens da câmera, olhei e olhei mais uma vez.
Sorri.

- Como podemos ver, o que o senhor...

- Cooper.

- O senhor Cooper, observou muito bem as imagens da câmera, de todas as câmeras, mas convenhamos que a senhorita que teve o cachorro roubado tem que limpar melhor a lente, ou então trocar suas câmeras por uma melhor. Nenhuma delas consegue mostrar nitidamente o rosto de nenhuma dessas pessoas. Nem mesmo o da acusada, o que vemos aqui é uma pessoa que aparenta ser ela, pode não ser. De acordo com pesquisas, existem, uma média de, seis a sete pessoas parecidas com você por aí. Lógico que a probabilidade de encontrarmos essas pessoas e bem pequena, mas, temos um caso aí. Peço que retire a acusação. - Eu disse.

Consequências do Destino (Em Revisão E Modificação)Onde histórias criam vida. Descubra agora