O Bom Aluno

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“[...] Ela entrou no quarto com a roupa toda apertada, o decoti dela era tão grande que quase não dava pra ver nada mais só o peitão. O cara tava sentado na cama, sem camisa e cheio de tatuagem, olhou pra ela como quem ia come ela viva. Ela riu e foi andando devagar ate ele, rebolando pra valer. Quando chegou perto, ela jogou a bolsa no chão com tudo e se abaixou com os peito quase saindo da blusa. Ele puxo ela com tudo e começou a beijo ela, nem esperando nada. As lingua deles batia uma na outra e fazia um barulho estranho, mas eles nem ligava. Ele agarrou ela forte na cintura e jogou ela na cama, rasgando a blusa dela, ele tava com pressa.

Ela caiu na cama respirando rapido, o sutiã dela ja caindo dum lado só. Ele já tava tirando a calça correndo, nem pensou duas vez. Ela puxou ele de volta pra cama, e os dois caiu juntos de novo, se pegando forte. As mão dele passava nela toda e ela gemia alto, falando coisa sem sentido, mas ele ficava mais doido. O lençol todo amassado e eles enrolado ali, se agarrando sem parar, nem parecia que o tempo tava passando, só os dois naquele momento."

Eu nunca esperei que minha noite fosse interrompida por algo assim. A pilha de redações estava espalhada na mesa, o vinho na taça ao meu lado quase no fim, e a caneta vermelha já marcava seu rastro em dezenas de folhas. Mas, entre uma dissertação medíocre e outra, algo... estranho surgiu.

Era uma folha de caderno, arrancada e gasta, com as pontas dobradas. Um conto erótico, dos mais vis e grotescos, cheio de erros que fariam qualquer gramática se retorcer em agonia. As palavras, ou o que pareciam ser tentativas de palavras, formavam cenas que mais beiravam o cômico do que o sensual.

A ânsia de vômito me tomou rapidamente, e minha primeira reação foi simples e óbvia: amassar o papel com força e arremessá-lo na lata de lixo ao lado da mesa.

Mas o papel, como se tivesse vontade própria, girou ao redor do aro da lata e caiu fora, repousando no chão do meu quarto. Fiquei olhando para ele, aquela bola amassada que parecia me encarar de volta. Por um instante, um pensamento ridículo passou pela minha mente, algo sobre destino, sobre como aquele texto grotesco me chamava de forma magnética.

— Que droga... — resmunguei.

Levantei-me da cadeira, peguei a folha do chão e a desamassei. Coloquei-a de volta sobre a mesa, alisei as dobras com os dedos e, num impulso de resignação, enchi mais uma taça de vinho. Peguei a caneta de novo.

No dia seguinte, a sala de aula estava como sempre: monótona, com o burburinho habitual de conversas entre os alunos que mal prestavam atenção no que estava à sua frente. Assim que a aula terminou e todos começaram a guardar suas coisas, chamei o principal suspeito daquele ultraje:

— Caio, fique um minuto, por favor.

Ele parou no meio do caminho, a mochila já pendurada em um dos ombros. Um aluno comum, nem de longe dos mais problemáticos, mas também longe de ser brilhante. O tipo que senta no meio da sala, onde ninguém presta atenção, nem os professores, nem os alunos. Ele caminhou de volta até a minha mesa, com uma expressão ligeiramente confusa.

Histórias Que Nossos Pais Não Contam (+18)Onde histórias criam vida. Descubra agora