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Leila tinha o hábito de ir à casa de Nicole toda quinta-feira, para jogar cartas, beber e falar da vida. Uma tradição que já fazia há muito tempo com sua melhor amiga. Porém naquela noite, ela iria pedir algo a Nicole que mudaria a amizade delas para sempre.
– Como vai o Juba? – Perguntou Nicole, enquanto colocava um ás de copas sobre a mesa e tomava um gole de vinho. – Ouvi que ele passou pra faculdade de Nova Iorque, deve estar ansioso!
Juba era o apelido que Nicole havia dado para Júlio, filho de Leila. Por causa do seus longos cabelos.
– Nem me fala… – A amiga resmungou, baixando um valete de ouros e dando uma tragada no cigarro.
– Que foi? Não tá feliz pelo Juba?
– Estou, mas também tô preocupada.
– Com o quê?
– Ah, você conhece o garoto. É calado, não fala com ninguém. Como ele vai se virar assim sozinho em outro país?
– Ele é quieto, realmente, mas ele se vira. É só o jeito dele.
– Não, sabe o que é? É que ele ainda é virgem. Também, não sai nunca de casa, como vai querer pegar alguém desse jeito? Você acredita? Vinte anos de idade e ainda é virgem!
– Bom, vai ver que ele é gay e você não sabe.
– O Júlio?! Haha! Jamais! – Leila deu uma gargalhada incrédula. – Eu já olhei o histórico de pornôs dele. Vai por mim, ele tá BEM longe de ser gay.
– Você fez o quê?! Isso é invasão de privacidade!
- Privacidade o quê?! Eu sou mãe dele, eu preciso saber até para o quê o meu filho bate punheta! Mas o que eu tô querendo dizer é que ser virgem afeta a personalidade dele. Você lembra de quando eu era virgem? Era tímida, falava com ninguém. Foi só eu perder o cabaço que tudo mudou. Fiquei mais extrovertida, ia nas festas, me divertia, foi como se eu tivesse desabrochado. Agora você vê, daqui há três meses ele vai tá em outro país onde não conhece ninguém e anti-social desse jeito. Ele vai voltar mais virgem do que foi!
– Ai, Leila, quanto drama. Não lembrava de você ser tão paranóica assim. Se quer tanto assim que o garoto perca o cabaço, deixa eu dar um chá de boceta nele então! Hahaha.
Nicole gargalhou, para ela não passava de uma piada. Mas quando notou as sobrancelhas de Leila se arqueando e o sorriso se abrir em seu rosto, percebeu que não deveria ter tido aquilo.
– Não! Não, não, não… eu estava brincando!
– Eu sei que estava, mas até que não é uma má ideia.
– É uma péssima ideia! Eu não vou transar com o seu filho por que você me pediu. Isso é maluquice!
– É maluquice, mas também é o plano perfeito. Escuta, na nossa época os pais levavam os próprios filhos pro puteiro pra fazer eles perderem a virgindade. Eu sei disso porque meu ex-marido me contou. A gente não vai levar ele num puteiro, até porque seria muito traumático ir com a própria mãe num lugar assim. Mas a ideia é a mesma, só com um pouco mais de classe.