– Nossa, olha só quem resolveu aparecer!
– O Eduardo na praia? Vixe, é melhor a gente desmontar a barraca, porque vai chover!
– Como você conseguiu tirar ele de casa, Lola?
– Ah, foi difícil, mas no final eu convenci esse vampiro a tomar um banho de sol, não é mesmo?
Eu ainda estava entorpecido pelo o que tinha acontecido. Cumprimentei a todos sem muita animosidade, perdido em meus próprios pensamentos. Era como se ainda sentisse as mãos de Lola me tocarem. Na frente e atrás. Uma sensação de vazio que se apossou de mim.
A praia só não estava deserta por nossa causa. Quase vinte pessoas juntas. As crianças estavam brincando no mar junto com alguns adultos. Tio Américo e meu pai jogavam frescobol perto da água.
As mulheres, em sua maioria, deitadas na areia se bronzeando. Nenhuma delas, no entanto, tinha a beleza de Lola. Isso era ainda mais aparente quando todas estavam de biquíni.
Lola se destacava, os seios macios se movimentavam com leveza. A bunda firme engolia o tecido da roupa de banho. Ver ela passando bronzeador pelo corpo chegava a ser pornográfico.
Lola se sentou afastada das mulheres, próximo ao guarda-sol, onde eu estava sentado embaixo da sombra na cadeira de praia. Sem camisa, apenas de bermuda e óculos escuro.
Eu admirava a pele de Lola, brilhante e dourada. Em comparação com meu tom pálido, ela era uma verdadeira deusa. Ela se deitou de bruços, a bunda empinada e os cabelos soltos. Sentia o momento de mais cedo tomar conta da minha mente e minha bermuda se apertar.
– Se continuar me encarando assim eu vou começar a cobrar.
– Eu não estava te encarando.
– Estava assim, acha que só porque tá de óculos escuro eu não percebo? Tá até de pau duro aí.
Pus a camisa amarrotada por cima do colo, escondendo a ereção. Lola ria com seu jeito sacana.
– O que foi? Ainda tá com a cabeça lá no chuveiro?
– O que você acha?
– Ai, relaxa. Por que homens ligam tanto pra isso? Você não é menos hétero só porque eu te fiz gozar pelo cu.
– Quer falar mais baixo?! Alguém pode ouvir. – Lola torceu os lábios, indiferente. – E eu não estou preocupado com isso.
– Então eu posso te dedar de novo, é?
– Não foi isso o que eu falei!
Lola riu novamente.
– Você fica tão fofo quando tá nervoso. Suas bochechas ficam rosadas e você tenta fazer cara de mal, mas parece só um bebê revoltado.
– Por que você fez aquilo? Não podia ter só fechado a porta do banheiro e ido embora.
– Achei que seria divertido, essas viagens em família são sempre um tédio, é bom ter um pouco de diversão. Não foi divertido pra você?
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Histórias Que Nossos Pais Não Contam (+18)
Short StoryUma coletânea de contos eróticos dos mais variados temas para os mais variados gostos e prazeres que irão dominar sua imaginação e sentidos.