CAPÍTULO 3

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ASLAN GRANT

Três meses depois…

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Três meses depois…

Clair saiu dos aparelhos, foi retirado a respiração mecânica e também não precisa de sedação, porém, continua em coma. Ela fez alguns movimentos, com o pé e os dedos, mas ainda não dá para saber se é apenas o reflexo do corpo, ou são sinais que está progredindo. Mesmo assim, quando vamos até o quarto, conversamos com ela para caso esteja ouvindo algo. Comecei a me acostumar com o hábito de ir até o leito 12. 

Não apareceu ninguém, nenhum familiar e os custos da UTI são elevados. Compadecido com essa situação, estou custeando tudo para que ela tenha o melhor tratamento. 

Após atender alguns pacientes, encontrei Olivia no corredor e ela caminha ao meu lado. 

— Você está empenhado em tratar da garota desconhecida.— ela comenta a sorrir. 

— É uma pobre garota sem família e sozinha. Qualquer pessoa que tenha um senso de humanidade faria isso. — respondo despreocupadamente. 

— Você prometeu que iriamos jantar, está em dívida comigo. 

Chego a conclusão que estou tão focado no acompanhamento de Clair, que nesses últimos três meses, esqueci da minha vida pessoal, focando apenas em ser médico. Olívia é uma companhia agradável. 

— Faremos isso essa noite, está bem?— sugeri, fazendo-a sorrir. 

— Após o fim do plantão?— ela pergunta animadamente. 

— Está bem!

Após minha confirmação, ela entrou em uma porta ao lado e continuo caminhando para saber se tem algum paciente precisando de avaliação. Percebo que a enfermeira que cuida de Clair corre em minha direção. Me senti nervoso, isso é estranho, mas fiquei com medo de que tivesse acontecido alguma coisa. 

— Doutor Grant…— ela está ofegante. 

— Hillary, o que houve? — perguntei nervoso. 

— Clair abriu os olhos. 

Arregalei os meus olhos surpreso com a notícia. Imediatamente apressei os meus passos em direção ao leito que ela está, sendo seguido pela enfermeira responsável. 

Esse é um grande avanço, após meses na tentativa de que ela reagisse, sendo acompanhada por fisioterapeutas para movimentar as articulações da forma adequada e para dar possíveis sinais de melhora. 

Entrei no leito, observando pela primeira vez o olhar de Clair. Os olhos claros estão fixos no teto, mas quando ela ouve o barulho da nossa chegada, olho em minha direção. Ela pode estar confusa, não sei qual serão as sequelas definitivas, mas estou feliz. Isso é estranho. 

Aproximei cautelosamente, olhando para ela, que também me olha fixamente. 

— Olá.— falei a sorrir, tentando não a deixar agitada. — Você sofreu um acidente, está no hospital e sob cuidados médicos, está tudo bem e estamos cuidando de você. Fique tranquila. 

UMA EMERGÊNCIA DE AMOROnde histórias criam vida. Descubra agora