CLAIR LAMEY
Após um banho demorado, escolhi uma calça de moletom rosa e camiseta branca. Adoro ficar com roupas confortáveis, pois o dia foi bastante cansativo.
O horário de Aslan chegar do hospital está próximo. Fico ansiosa, chego a sentir a sensação de borboletas no estômago. Desci as escadas apressada quando percebi que ele acaba de entrar.
— Já estava com saudade.
Afirmei sorridente, correndo na direção dele e me jogando em seus braços. Aslan me abraçou, selamos nossos lábios demoradamente, mas percebi que algo não está como habitual. O olhar dele está diferente, aparentemente triste.
— Aslan, está tudo bem?— toquei o rosto dele, acariciando a barba.
— Digamos que sim, ao mesmo tempo… ah, é difícil explicar. — ele suspirou.
— Está me deixando preocupada. — apoiei as minhas mãos nos ombros dele, encarando-o.
— Estou exausto, preciso de um banho e…
— Vou lhe preparar um banho relaxante.
Abri um sorriso para que ele se anime. Estou realmente preocupada, mas quando algum se sente angustiado, o outro deve ser a força. Aslan tocou meu rosto e selou meus lábios mais uma vez.
Segurei a mão dele e seguimos para o quarto. Estamos dividindo o mesmo, então posso afirmar que é o nosso quarto.
Entrando no banheiro, abri a torneira da banheira e joguei alguns sais de banho. O aroma floral tomou conta do cômodo, isso já é bastante relaxante. Enquanto a banheira enche, vou até ele e começo a desabotoar a camisa branca. Aslan não para de me encarar, com adoração e, ao mesmo tempo, angústia.
— Eu já tomei banho, mas posso lhe acompanhar.— deixei um pequeno sorriso malicioso aparecer em meus lábios.
— É uma das coisas que mais gosto de fazer. — ele afirmou.
Aslan tirou todas as peças de roupa, deixando o corpo nu e sem pudor. Nossa conexão e intimidade é de um casal que se conhece aparentemente a mais tempo. Ele me ajudou a tirar a blusa, e finalizei, ficando nua.
Entramos na banheira, ele está sentado a minha frente, com os braços apoiados na borda da banheira e me encostei, movimentando a espuma que está sendo formada.
— Pode me falar o que tanto lhe aflige?— perguntei com cautela.
— Clair…
Ele fala o meu nome, de uma maneira que me deixou ansiosa. Nos olhamos por segundos em silêncio e então ele resolve falar:
— Você tinha, ou tem… droga, eu não sei como falar isso. — ele jogou a cabeça para trás e fechou os olhos.
— É sobre minha vida antes do acidente?
Ele voltou a me olhar, respirou fundo e desviou o rosto, como se não conseguisse olhar para mim.
— Você morava com um homem antes do acidente.
Fiquei paralisada, olhando para Aslan que falou de uma vez, a expressão que fez é como se estivesse sentindo dor. Fiquei em silêncio, tentando recordar de algo que fosse relacionado a um antigo relacionamento, mas não consigo, exceto pela cena que lembrei quando estávamos nas Maldivas, mas aquela voz era estranha, talvez um homem mais velho, não sei, estou confusa.
— Mas… eu já imaginava que isso era possível. — afirmei, tentando tranquiliza-lo.
— E agora? Vai me deixar? Procurar por ele? Saber quem era esse homem que você morava junto ? Se você gostava dele? Se você lembrar… eu…
Aslan ficou tão nervoso que fiquei preocupada. Me aproximei dele e segurei o rosto com firmeza, ele parou e me olhou, perceber a tristeza no olhar, só prova o quanto me ama.
— Eu te amo, o passado não importa para mim. Estou feliz, me sinto a mulher mais feliz deste mundo. — me declarei.
— Você pode recuperar a memória e sentimentos podem voltar. Lembranças boas …
— Ou ruins. Não sabemos. Aslan, estamos noivos, apoiando um ao outro e isso que importa. A minha vida mudou, não tem como pensar em retroceder.
Ele ficou um bom tempo me encarando e então me abraçou com força. Retribui o abraço com todo amor existente. Deslizei as mãos pelos cabelos dele, pela nuca e ombros.
— Você é minha, não consigo imaginar outro homem te tocando… merda!— ele reclama.
— Não imagine, não há necessidade.
Nossos lábios se encontram em um beijo apaixonado. Os movimentos sincronizados, as línguas deslizando uma na outra e nossas mãos deslizam pela pele. Leves mordiscadas nos lábios são trocadas, Aslan também morde meu queixo e desce para o pescoço, me fazendo arrepiar.
Saímos da banheira, loucos para finalizar o que iniciamos. Aslan me levou para o chuveiro, a água morna começou a escorrer em nossos corpos e tirar a espuma. Minhas costas colam na parede, percebendo que Aslan está tão envolvido quando eu.
Nossos corpos se encaixaram, me penetrando com pressa. As minhas pernas envolta do corpo dele, os gemidos ecoando no banheiro.
— Eu amo… você…ah, Clair, não posso lhe perder.
— Você não vai me perder!— respondi com convicção, segurando os cabelos dele e sentindo as estocadas fortes — Ahhh, eu vou…
Foi tão intenso, cheio de sentimentos, demonstrando que, além do amor, a paixão ardente nos preenche completamente. Gozamos juntos, misturando os gemidos involuntários e as respirações ofegantes. Meu coração está tão acelerado que parece querer sair pela boca.
Eu amo esse homem, e não outro. Não é possível.
Quero passar toda a confiança necessária. Demonstrar para Aslan que o passado não me interessa. Não é por dinheiro, nem a vida que ele me proporciona, mas por tudo que ele fez por mim, quando eu era apenas uma desconhecida. Ele me amou em silêncio e eu me apaixonei por sua voz, mesmo quando meus olhos não abriam.
Embaixo do chuveiro, com as testas coladas uma na outra, meus olhos estão fechados, sentindo o relaxamento após um momento tão intenso e delicioso.
— Se um dia tudo mudar… me fale, com toda sinceridade. — ele sussurra.
— Não irá mudar, o que sinto por você vai muito além. — respondi, deslizando as mãos no peito dele.
— Iremos nos casar em dois meses…
— Sem dúvidas!
Respondi com convicção. Não tenho medo, já tive, porém, não sinto mais nenhum pudor. Sei que nada que eu descubra, irá abalar o que sinto por ele.
Esse tal homem do meu passado, ficará justamente nessa colocação… no passado.
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UMA EMERGÊNCIA DE AMOR
RomanceUma paciente chegou ao hospital, ela está inconsciente após um grave acidente. O doutor Aslan Grant fez tudo que podia para salvar a vida da garota e ela ficou em coma. Como não encontraram nenhum documento, ou registro para encontrar os familiares...