ɪsᴀʙᴇʟʟᴀ ᴀʟᴍᴇɪᴅᴀ
Eu estava em um carro de Uber com Barreto, Gabriela e Guri, estavamos indo para a festa na casa do Prado. Eu estava tentando ajeitar o meu cabelo, e Barreto estava desfazendo os cachos que eu arrumava.
Quando chegamos na frente da casa, dividimos o valor do Uber e descemos do carro. Nós entramos na casa e estavamos todos segurando o braço um do outro, para não nos perdermos.
Andamos e por onde o Barreto passava, ele cumprimentava as pessoas com um sorriso e as vezes até um abraço.
Chegamos na área de fora aonde tinha uma piscina enorme, fomos até os sofás que tinham lá e os nossos amigos ja estavam todos ali sentados bebendo e o Ajota e o Doprê fumando, desde quando eu conheci eles, eles não param de fumar.
Me sentei ao lado do Apollo e Gabriela se sentou ao meu lado.
- Quer um gole - ele me ofereceu a bebida que estava bebendo.
Eu peguei o copo e tomei um grande gole, a ardência do álcool descendo pela minha garganta, fazendo eu fazer uma careta instantânea, devolvi o copo para ele com uma careta no rosto e meus amigos deram risada.
- Pelo visto a Patyzinha não é forte para bebida - o Japonês me zuou com um sorriso no rosto.
Continuamos conversando, eles são muito engraçados, exatamente como aparentam na frente das câmeras, na verdade, até mais legais. Eu já havia dado tanta risada que estava vermelha e com os olhos cheios de lágrimas que surgiram por tanto riso.
- Vou pegar uma bebida, ja venho - digo me levantando do sofá.
- Vai beber danoninho? - Apollo pergunta em tom de piada arrancando risadas e eu reviro os olhos.
- Vai para merda - digo dando as costas para ele enquanto seguro a risada.
Entrei para dentro da casa e procurei pelas bebidas, achei um freezer cheio de cervejas e outras bebidas alcoólicas, peguei uma gin de limão e logo voltei para onde meus amigos estavam, não queria ficar longe deles por que não conheço mais ninguém aqui além deles.
Quando voltei para perto deles, Gabriela estava sentada ao lado do Apollo, então eu me sentei ao lado da Khauane. Os dois estavam na maior conversa, pelo menos ela estava falando bastante, ja que ele estava concentrado na bebida que estava bebendo.
Khauane começou a mexer no meu cabelo, dando volume para os meus cachos. Meus pais nunca me deixaram usar o cabelo volumoso, na verdade, eu quase nunca usava ele cacheado, na maioria das vezes eu estava cheia de chapinha no cabelo, meus pais até tentaram me convencer a fazer uma progressiva, mas eu neguei de todos os jeitos.
Por anos, eu odiei o meu cabelo e só usava ele preso ou com chapinha, depois de algum tempo, eu finalmente comecei a aceitar ele e usar o meu cacheado natural, mas mesmo assim, nunca com volume, meus pais ja odiavam ele cacheado, e com volume, eles abominavam meu cabelo, transformando ele na coisa mais horrorosa que eles ja viram.
- Olha como ta lindo - ela me mostrou pela câmera do celular.
Ver meu cabelo cheio daquele jeito, foi como um amor à primeira vista.
- Ta lindo - digo olhando para o meu cabelo admirada.
Ela me abraçou pelo pescoço e nos continuamos bebendo e conversando, eu finalmente me senti pertencente a algum lugar, mesmo que com pouco tempo de amizade, era como se eu conhecesse todos ali a anos, eles me tratavam como uma melhor Amiga de anos.
Enquanto conversavamos, Gabriela continuava tentando flertar com o Apollo, eu não julgo ela, sempre falamos como achamos o Apollo lindo e ela me falava que tinha um crush nele, mas eu realmente achava que era uma brincadeira.
- Barreto, não é para você beber, depois a gente que tem que cuidar - Jotapê fala assim que Barreto se senta ao lado dele com uma garrafa de Vodka
- Eu não fico bêbado fácil não - ele fala tomando um gole de vodka logo em seguida.
- Quero só ver, vou te levar pra casa no chute - Khauane disse.
[...]
Me levantei do sofá que estava sentada ao lado da Kakau e fui andando para dentro da casa, queria pegar mais uma bebida. Fui até um barzinho que tinha ali, pegaria minha primeira bebida alcoólica da noite, alcoólica que realmente poderia me deixar bêbada.
Peguei Vodka, Gin e energético de melancia. Fui me sentar em um dos sofás afastados que tinha na casa, estava um tanto cansada de toda a animação e agitação da festa, nesse momento eu só queria estar na minha casa e na minha cama, deitada vendo série enquanto como brigadeiro, só de pensar ja me aumenta a vontade de ir embora.
- Veio fazer oque aqui sozinha? - Apollo pergunta se sentando ao meu lado.
- Minha bateria social ta acabando - dou uma risada sem graça, encostando minha cabeça no sofá.
- Posso ficar aqui com você? Ou prefere ficar sozinha? - questionou me olhando.
- Pode ficar - respondo dando um pequeno sorriso para ele.
Dei um gole na minha bebida e o gosto do álcool foi reconfortante na minha garganta, nada desconfortável para descer praticamente a força pela quantidade de tanto álcool.
- Oque é isso? Suco de morango? - Apollo fala em tom de brincadeira e eu solto uma risada revirando os olhos.
- Oque é isso? Gasolina? - apontei para o copo dele e ele riu.
- Quase - responde ainda com um sorriso no rosto, e que sorriso.
Desviei meu olhar para frente, olhando para as pessoas dançando e conversando, como podem ter tanta energia assim?.
- Você namora? - ele pergunta do nada fazendo eu olhar para ele com o cenho franzido.
- Não - nego - e você? - questiono mesmo ja sabendo a resposta.
- Você sabe que não - ele me olha e nós damos risada.
- É, eu sei - concordo e dou um gole na minha bebida.
Ficamos em silêncio novamente, observando a festa e bebendo nossas bebidas, ao contrário doque eu pensei, estou confortável mesmo em silêncio ao lado dele, pensei que seria um daqueles silêncios que ambos estão desconfortaveis e só querendo sair dali, mas não.
Conforme eu bebia a minha bebida, comecei a sentir minhas bochechas ficando rosadas e eu estava com uma vontade imensa de rir de tudo, o álcool realmente esta fazendo efeito no meu corpo.
- Seu cabelo ficou ainda mais lindo assim - fala colocando meu cabelo atrás da orelha.
- Brigada, Japa - agradeci sorrindo em direção a ele.
Ficamos nos encarando, minhas bochechas ficando mais quentes e com certeza mais rosadas, desviei meus olhos dos dele e virei meu rosto para o lado oposto, sorrindo levemente enquanto tentava disfarçar a vergonha que estava sentindo.
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𝐓𝐇𝐄 𝐅𝐀𝐍 | 𝐴𝑝𝑜𝑙𝑙𝑜 𝑚𝑐
RomanceAonde Isabella Almeida é fã de uma cultura que seus pais odeiam, assim como eles odeiam tudo que não seja o dinheiro.