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ɪsᴀʙᴇʟʟᴀ ᴀʟᴍᴇɪᴅᴀ

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ɪsᴀʙᴇʟʟᴀ ᴀʟᴍᴇɪᴅᴀ

Tudo estava pronto, minhas coisas embaladas e as roupas nas malas. Eu até tentei convenver meus pais de continuarmos aqui, mas eles não mudaram de ideia.

Eu queria tanto continuar em São Paulo, mas nunca que eles me ouviriam, ainda mais sabendo que eu continuaria fazendo oque gosto, que é ir para as batalhas de rima.

- Anda logo, Isabella, você ta atrasando a gente - meu pai disse de dentro do carro.

Eu suspirei, não tinha mais oque fazer, fui até o carro e entrei no banco de trás com a minha mochila, nela estavam as minhas roupas que eu mais gostava, mas minha mãe e meu pai não deixavam eu usar, também tinha meu carregador e minha carteira.

O carro começou a andar e eu coloquei meu fone, logo começou a tocar "Jardim das flores", uma das minhas músicas favoritas, encostei minha cabeça na janela e fiquei olhando a estrada.

Por mais que eu odiasse o condomínio, melhor aqui doque no Rio de Janeiro, não que eu não goste do Rio, mas eu não queria ficar mais longe ainda da Gabriela e das batalhas de rima que eu tanto amo.

Meus pais estavam fazendo tudo isso para mim ficar longe de tudo que eu amo, mesmo depois de anos deles me afastando de tudo que eu amo, eu nunca entendi do porque eles fazem isso, parece que gostam de me ver mal ou sei lá, só sei que eu odeio o jeito que eles me tratam e o jeito que eles são, eles são tão idiotas e arrogantes com todos ao redor.

As vezes eu realmente dúvido que eles sejam meus pais, porque sinceramente, eu não tenho nada haver com eles em questão de jeito de ser, jeito de pensar e personalidade, somos totalmente diferentes e eu até agradeço por isso, imagina se eu fosse alguém vázia e superficial como eles? Acho que eu acabaria me matando de tanto desgosto de mim mesma.

O carro parou do nada, o trânsito pela frente estava enorme. Meu pai bufou e bateu com a mão no volante enquanto minha mãe apenas virou o retrovisor para ela e começou a retocar seu batom.

Pelo jeito que a pista estava cheia e demorando para andar, ficariamos no mínimo duas horas presos por ali ou até mais.

Viver com os meus pais já é uma grande tortura, imagina ficar presa com eles por mais de duas horas, eu acho que vou enlouquecer.

- Um absurdo esse trânsito - meu pai reclamou e eu revirei os olhos.

Eu abri a minha janela para pegar um pouco de vento, aquele carro estava muito abafado, olhei para a estrada e o trânsito só ia aumentando com mais e mais pessoas chegando.

Olhando para a estrada, eu tive um pensamento... Um pouco peculiar, mas que se fosse botado em prática, era uma ótima chance de me livrar dos meus pais, do Rio de Janeiro e de tudo que me incomodava.

𝐓𝐇𝐄 𝐅𝐀𝐍 | 𝐴𝑝𝑜𝑙𝑙𝑜 𝑚𝑐Onde histórias criam vida. Descubra agora