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ɪsᴀʙᴇʟʟᴀ ᴀʟᴍᴇɪᴅᴀ

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ɪsᴀʙᴇʟʟᴀ ᴀʟᴍᴇɪᴅᴀ

Batalha do Coliseu e estávamos indo de Van para o Rio de Janeiro, nos reunimos na casa da Kakau de manhã cedo para ninguém se atrasar.

Eu nem havia tirado o pijama, estou cansada demais para isso, não dormi quase nada a noite.

Gabriela continuava reclamando comigo de como todo mundo estava odiando ela e ela não entendia o porque, e se ela não entende, quem dirá eu.

Nessa viagem não chamaram ela, e tá, talvez eles realmente não gostem dela porque espaço na van não vai faltar, vai ficar um lugar vago.

- Tá todo mundo aqui já? - Jotapê perguntou alto para todos ali escutarem.

- SIM - respondemos todos juntos.

- Então vamo todo mundo pra dentro da van - ele abriu a porta da van.

Entramos para dentro da van, eu fui uma das últimas a entrar junto com as meninas, porque os meninos entraram afobados iguais uns animais.

Quando eu entrei, o único que estava sentado sozinho era o Apollo, e eu não queria viajar sozinha, queria alguém para conversar durante a viagem.

- Posso sentar aqui? - pergunto e o japonês me olha.

- Não precisa nem pedir, senta aí - disse tirando a mochila dele do banco.

Sorri e me sentei ao lado do Apollo. Me ajeitei no banco e logo a van começou a andar.

- Primeira vez indo para o Rio? - ele pergunta tentando puxar assunto.

- Não, eu já fui muito com os meus pais, por causa do trabalho deles - conto.

- Faz um tempo que eu não vou - diz ajeitando seu cabelo.

Continuamos conversando sobre coisas bem bobas, perguntas sem importância alguma, mas a conversa fluía muito bem.

Senti um chute no meio das minhas costas e soltei um: aí, pelo susto que acabei levando e também pela pequena dor.

Me virei para trás e fiquei de joelhos na cadeira, vendo Guri e Barreto dando risada de mim.

- Qual dos dois que foi? - perguntei olhando para ambos.

- Foi o Barreto - Guri apontou e o garoto olhou para ele com os olhos arregalados.

- Mentiroso - negou.

-Quase quebraram as minhas costas - reclamo fechando a cara.

- Dramática, nem chutei tão forte - Barreto fala.

- Ah, então foi você, seu porra - me estiquei para dar um tapa no braço dele.

[...]

Chegamos no Rio de Janeiro e todos nós ficariamos na casa do Neo, eu pensei que a gente iria ficar no hotel e agora até me deu vergonha de chegar de pijama.

Mas a minha vergonha passou assim que eu vi a Nathi com um pijama de unicórnio e a Kakau com o pijama do Stitch.

- NEOOOO - Jotapê gritou assim que a van parou em frente a casa dele.

- NÃO TEM PÃO VELHO AQUI NÃO - uma voz feminina gritou lá de dentro fazendo eu e as meninas rirmos.

O portão abriu e Neo e a Larissa, namorada dele, apareceram na nossa frente.

Eles nos cumprimentaram e eu me apresentei para eles, já que eu conhecia eles como uma fã, mas eles não me conheciam.

- Entra aí, nóis tá assando carne - Neo disse.

Entramos todos dentro da casa do Neo, deixando as malas todas em um canto da sala. Eu e as meninas trocamos de roupa, ninguém queria ficar de pijama.

Eu coloquei um short jeans de lavagem clara e uma regata branca de crochê, dei uma ajeitada no meu cabelo e eu e as meninas fomos para a área que era aonde estava acontecendo o churrasco.

Eu não sei explicar, mas está tudo tão bom, o clima, tudo, uma coisa bem clima de família, eu sinto isso, mesmo não sabendo muito bem oque é isso, eu nunca tive isso para saber ao certo oque é.

Apollo se sentou na cadeira ao meu lado e me entregou um pedaço de carne. Eu peguei e comi sem pensar duas vezes, eu estou com fome porque não comi muito no café da manhã.

- Brigada - agradeci sorrindo para o Japonês.

Ele sorriu também, intercalando seu olhar entre meus olhos e meu sorriso, isso fez com que eu ficasse envergonhada e virasse o meu rosto para o lado oposto do dele, evitando contato visual.

- Isa - Nathi me chamou e eu olhei na direção dela - bebida? - questiona erguendo seu copo de energético.

- Aceito - digo esticando o braço para pegar o copo.

Bebi alguns goles da bebida e devolvi o copo para a minha amiga.

Neo ligou a caixa de som e começou a tocar um pagode. Barreto foi o primeiro a se levantar para dançar e os outros seguiram ele, chegou ao ponto que todo mundo tinha um par, os solteiros dançavam com amigos e os casais dançavam entre si.

Apollo que estava sentado ao meu lado, se levantou e esticou a mão para mim, eu ri e segurei a mão dele, o mesmo me puxou e começamos a dançar juntos.

Nem tinha mais pagode, eram músicas totalmente aleatórias mas que nós inventavamos coreografias só para não perder o clima agradavél que estava.

Eu estava sorrindo a todo momento, não tinha como não sorrir. Durante a dança, Apollo segurava na minha cintura e me girava, nós dois dávamos risada disso, esse é um daqueles momentos que poderia ser eterno.

Em um dos giros, ele me puxou para ele pela mão, fazendo nós ficarmos perto demais. Nossos olhares se conectaram e dessa vez eu não conseguia desviar o olhar pela vergonha, até porque não existia vergonha nenhuma.

Os olhos puxados e agora mais pequenos pelo sorriso que ele carregava no rosto, me hipnotizaram por completo, nem eu sei explicar oque aconteceu.

Quando os olhos dele foram para minha boca, foi como um estralo na minha cabeça, então minhas bochechas ficaram vermelhas e eu sentia o meu rosto queimando de vergonha, desviei o olhar e evitei olhar para ele o máximo possível.

Momentos incríveis acabam rápido demais, e é um inferno pensar que as vezes, nos mesmos acabamos com eles.

Eu e Apollo continuamos dançando como se nada tivesse acontecido, mas eu não conseguia esquecer do que aconteceu a minutos antes, eu não podia esquecer da vergonha que eu estava sentindo e ainda sinto, qualquer olhar mais profundo dele faz eu queimar de vergonha.

𝐓𝐇𝐄 𝐅𝐀𝐍 | 𝐴𝑝𝑜𝑙𝑙𝑜 𝑚𝑐Onde histórias criam vida. Descubra agora