VEINTICINCO | BAJO LA PUESTA DEL SOL

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E V E L I N E

Eu amava o mar. Acredito que por estar sempre tão próxima da água tinha aquela estranha paixão pelas águas marinhas. Desde muito cedo aprendi a navegar. Era e é um dos meus hobbies preferidos.

Porém...

Confesso que no atual momento, meu hobbie preferido tinha sido substituído por admirá-la. Cecília era simplesmente uma visão divina. Realmente digna de admiração. Lá embaixo, deitada sobre a espreguiçadeira, sob um pequeno pedaço de pano vermelho, ela era algo de se perder o fôlego.

Não tinha pretensão de ir tão longe, apenas queria nos afastar dos olhares curiosos. Até porque, o que planejava não necessitava de plateia. Quando enfim senti que estávamos longe o suficiente, ancorei o Iate.

"Já chegamos?" - perguntou assim que me aproximei. - "Seja lá onde estivermos..."

"Só queria me afastar um pouco."

"Pretende me matar?"

"Como descobriu meus planos tão facilmente?" - brinquei e ela gargalhou. Me juntei a ela rindo também.

"Vai se juntar a mim?"

"Huumm... O que acha de nadarmos um pouco?" - a olhei sugestiva e ela sorriu.

"Acho uma excelente ideia."

Sem pensar duas vezes, puxei a camisa pela gola e a estendi no braço da cadeira, ficando somente de bermuda. Cecília tirou os óculos e soltava os cabelos do coque alto. Enquanto isso, me adiantei, corri para popa, me impulsionei e pulei no mar aberto. Senti a água se movendo ao redor de mim e o enorme estrondo que meu pulo tinha feito. Quando emergi, sorrindo, Cecília estava em pé, na ponta da popa, me encarando com aquele olhar enigmático.

"Está com medo?" - perguntei, sem entender o porquê de não ter entrado ainda.

"Não, só acho que... deveríamos adiantar as coisas. Não concorda?" - estreitei as sobrancelhas e a encarei sem entender.

"Adiantar o que?"

"Isso."

E então, para minha total surpresa, ela começou a se despir. Cecília desabotoou o sutiã do biquíni com uma paciência quase torturante. Seus seios ficaram a mostra para mim, firmes, medianos e arrebitados. Lindos, lindos, lindos. Ela jogou a peça ao longe, sem olhar em qual direção e então começou a descer a calcinha. Mas antes, se virou para trás me dando a visão perfeita do seu quadril bem desenhado e sua enorme bunda. A pele negra macia, cintilando contra a luz alaranjada do sol. Ela se inclinou até os pés descendo a última peça, e no auge do movimento, pude ver a silhueta perfeita de sua carne inchada entre as pernas.

Essa mulher quer me matar...

Então se virou para mim, com tamanha naturalidade e um sorriso convencido no rosto, se preparou e pulou dentro d'água, com toda maestria que o momento permitia. Quando emergiu, seu cabelo grudou em suas costas e ombros e sua pele parecia mais reluzente sob a luz do sol, lambuzada pela água.

"Isso aí é água ou baba?" - zombou. Passei a mão no queixo e ela gargalhou. - "Eu estava brincando, sua boba."

"Ah, é? Você é muito brincalhona, né? Adora brincar comigo." - ela deu de ombros e se afastou de mim, nadando em direção à popa; apoiou os ombros na quina da plataforma e manteve-se movendo apenas as pernas, equilibrando o corpo nos braços apoiados no local.

"Talvez. O que fará sobre isso?"

"Acho que chegou minha vez de brincar com você, não concorda?"

"Depende da brincadeira."

Amor Vermelho Sangue - Livro III | Trilogia Amor De BandidoOnde histórias criam vida. Descubra agora