Fechei a cortina com pressa, e só conseguia pensar que eu estava realmente enlouquecendo. Deitei na cama, encarando o teto do meu quarto, onde ainda estavam coladas aquelas estrelinhas que brilham no escuro desde que eu era pequena. Foi então que a campainha tocou e, em seguida, ouvi minha mãe me chamar lá de baixo:— Alisson, você tem visita! Desça aqui, por favor!
Visita? Eu nunca recebia visitas. Quem poderia ser? Fosse quem fosse, não podia me ver de pijama! Vesti a primeira roupa que encontrei e desci apressada. Quando cheguei à sala, lá estava ele - Seth, parado bem no meio da sala, como se pertencesse àquele lugar.
— Oi, Seth, tudo bem?
— Oi, Alisson. Estou muito bem e você? — respondeu com um leve sorriso que iluminava o ambiente.
— Estou bem... O que houve?
— Sua bicicleta. Eu a encontrei — disse ele, como se fosse a coisa mais natural do mundo.
— Jura? Nossa, muito obrigada mesmo! Imagino que tenha dado um trabalhão encontrá-la — falei, sorrindo de orelha a orelha.
— Não foi difícil, na verdade. Eu sabia onde o Sam tinha te achado e procurei nas redondezas. Estava exatamente onde imaginei.
— Mesmo assim, obrigada de verdade. Quer beber ou comer alguma coisa?
— Não, obrigado. Não posso ficar muito tempo, só vim mesmo entregar a bicicleta.
— Nem uma água?
— Não, mas agradeço. Conseguiu fazer seu trabalho?
— Meu trabalho?
— O da fotografia.
— Ah! Não... Como você sabe sobre ele?
— Sam contou. Disse que você caiu de uma árvore tentando tirar fotos para um trabalho da escola.
— Claro, o Sam... Não, ainda não consegui fazer nada.
— Se quiser, posso te ajudar amanhã.
— Sério? Eu adoraria — respondi, tentando disfarçar o entusiasmo.
— A gente se vê depois da escola, então.
— Combinado! Mas... onde você estuda? Acho que nunca te vi por lá.
— Estudo na escola da reserva.
— Que pena. Seria ótimo ter alguém como você nos trabalhos em dupla. Alguém que realmente ajudasse.
— Mas se precisar, é só pedir. Estou aqui para isso — disse ele, e não consegui evitar o sorriso tímido que brotou no meu rosto.
— Vou cobrar, hein!
— Fique à vontade. Mas agora preciso ir. A reserva está uma loucura — disse, com um olhar preocupado.
— Loucura? Por quê?
— Te conto outro dia. Prometo.
— Está bem... Vou te acompanhar até a porta.
Fomos até a entrada da casa, e lá estava minha bicicleta, escorada ao lado da garagem, como se nunca tivesse desaparecido.
— Obrigada novamente, Seth. Por tudo.
— Estou aqui para o que precisar, Alisson.
Nos despedimos com um "tchau" simples, mas carregado de significados, e ele se foi. Ao entrar de novo, dei de cara com minha mãe, parada no corredor com um sorrisinho malicioso no rosto.

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Imprinting
FanfictionSinopse: Alisson Carter, uma menina que é acomodada com sua vida em Forks, que sofre pela falta de amigos e pela ausência dos pais que só pensam em trabalho. Sua vida muda drasticamente quando ela resolver fazer um trabalho da escola na floresta da...