Dante
— Você vai me enlouquecer. — digo gemendo. — Sua bunda é tão perfeita. — fecho os olhos.
Eu tento imaginar Amber enquanto me masturbo no chuveiro. Lembrar daquela noite é o suficiente para eu chegar lá. Tenho saudades dela, como se fizesse parte de mim durante anos.
Eu sei o quanto estou apaixonado porque sexo não é tudo o que eu quero. Eu penso nela de todas as maneiras, penso no seu sorriso para me fazer sorrir também, penso nos seus olhos para me fazer sonhar, no seu toque, sua voz, seu cheiro. Ela me faz sentir o que nunca nenhuma mulher me fez sentir. Gostaria que meu irmão não estivesse entre nós.
— Eu não posso resistir a você. — digo, fingindo que gozo dentro dela novamente. Não é o mesmo que fazer amor com a verdadeira Amber, nem chega perto.
— O quê? — juro que ouço a você dela.
Viro, um pouco tonto e vejo uma silhueta no vidro embaçado. — Amber?
— Você está sozinho?
— Se você entrar, já não estarei sozinho. — Continuo a me acariciar.
— Preciso falar com você. Termine ali, eu vou esperar. — Ela sai e fecha a porta.
Desligo o chuveiro e lavo as minhas mãos, pegando numa toalha para ir ter com a Amber. Ela está sentada na minha cama, com um uma calça jeans e uma blusa azul com decote princesa. Será que veio aqui dizer que quer voltar para mim?
— Eu estou disponível agora. — Digo.
— Está bem.
— Você ficou com ciúmes? — pergunto.
— Da sua mão?
— Achou que eu estava com alguém?
Ela desvia o olhar. — Achei.
— Eu não faria isso. Não quero perder você.
Amber levanta. — Eu vim aqui por outro motivo, Dante. — Tira alguma coisa do bolso de trás da calça. — Eu recebi isso.
Recebo o cartão com a letra L. — E o que é isso?
— Recebi flores e esse cartão estava lá. Pensei que poderia ter sido o Luke.
Merda!
— Ele mandou flores a você? Quando foi isso? — endireito a toalha.
— Há uma hora. Eu estou preocupada com você.
Ela está preocupada comigo. Ela só quer o meu bem, quer que resolva as coisas com Ivan, quer que eu fique bem, é mais uma prova de que me escolheu. Gostaria que meu irmão podesse ver o quanto Amber combina comigo e mais ninguém, o jeito que seus olhos brilham quando olha para mim. Ela é a melhor que me aconteceu.
— Devia se preocupar com você, ele mandou isso a você. — Procuro o meu telefone. — Vou mandar seguranças para te...
— Eu já tenho.
Olho para ela. — Você tem seguranças?
Na verdade, o homem que contratei para vigiar a Amber me informou sobre isso nessa tarde, acho que tem mãos daquele amiguinho dela, contudo apenas a segurança dela é o que importa nesse momento.
— Sim. E também tenho investigado sobre o Luke.
Tento me concentrar. — Você tem investigado?
— Sim. Eu não tive tempo de dizer porque houve toda aquela situação com o seu irmão. E não quero que tenha que fazer tudo isso sozinho. — Olha para baixo, talvez com medo da minha reação. Eu não me importo, pelo contrário, agradeço por ela tentar se proteger a todo o custo.
— Eu vou resolver tudo. As coisas com Luke e as coisas com Ivan. — Seguro as suas mãos, deixando o papel cair ao chão. — E vou ficar com você.
Seus olhos brilham quando digo isso. Eu sei que ela quer ceder, mas quer que eu e Ivan estejamos bem. Eu também quero estar bem com o meu irmão, mas ele não quer, insiste em ficar com o que é meu desde que éramos pequenos. E eu não vou mais conversar com ele sobre isso, vou deixar ele perceber que Amber não quer nada com ele. Eu sinto o que ela sente por mim.
O jeito que ela olha para mim nesse momento prova o quanto essa distância é dolorosa agora que temos tudo para ficar juntos, mas não o podemos fazer. Ela também quer saber o que poderemos ser.
— Eu sei que vai resolver tudo. — Solta as suas mãos. — Eu tenho que ir.
— Eu posso te levar.
— Eu tenho um carro, lembra?
— Está bem. Qualquer coisa liga para mim. E os seguranças?
— Eles também estão aqui. Eles dirigem o meu carro e ficam sempre por perto. Não se preocupe, Luke não vai conseguir chegar até mim. — Cruza os braços. Até o jeito que ela cruza os braços me faz suspirar.
Respiro fundo. — Posso pedir uma coisa?
— O quê?
— Que pense melhor sobre nós.
— Cuide-se. — Ela estica os pés para beijar o meu rosto, mas eu viro e beijo seus lábios.
Abraço o seu corpo e levanto para que ela envolva seus pés ao redor de mim. Estou convencido que ela também não consegue resistir a mim e que vai dar mais uma oportunidade para nós. Tudo isso que Ivan tem tentado fazer não vai dar certo.
Vejo ela fechar os olhos e gemer baixinho na minha boca, permitindo que a minha língua invada a sua boca. Fecho os olhos também, sentindo o aperto no peito desaparecer agora que posso sentir os seus lábios macios nos meus, agora que a tenho nos meus braços.
Eu quero poder fazer isso todos os dias, sem medo que vá embora, que diga que não podemos. Eu quero dormir do seu lado e acordar com ela nos meus braços, cozinhar com ela, buscá-la e deixá-la no trabalho, cuidar dela, ver um filme ridículo qualquer que ela gosta, quero fazer parte da sua vida. Será que é pedir demais?
Amber termina o beijo o olha para mim. — Melhor não. Assim só vamos piorar as coisas.
— Você se importa tanto com o que Ivan pensa?
— Não. Eu me importo com você e quero que tenha uma boa relação com o seu irmão. — Ela pula para o chão. — Não quero que sejam inimigos. Sei que não é isso que sua mãe iria querer.
— Está bem. — Digo. Ela não vai mudar de ideias até eu acertar com meu irmão.
— Melhor eu ir.
Acompanho Amber até o carro e vejo um dos homens de terno que deve ser o segurança dela. Por que ela não pediu a mim? Eu também poderia fazer isso. Eu posso fazer qualquer coisa para a proteger.
Amber me entrega tudo o que conseguiu sobre o Luke, ou seja, tudo o que Duke Easton conseguiu. Volto para dentro de casa assim que ela vai embora e ligo para Luke. Eu vou descobrir onde ele está, vou descobrir um jeito de acabar com isso. Até posso tolerar ele me ameaçar, mas mexer com as pessoas que são importantes para mim, isso eu não posso deixar barato.
— Duas vezes num mês. O que deu em você? — ele atende.
— Você mandou flores para Amber para me assustar, mas saiba que acabou de cometer um erro ao se meter com ela.
— Você acha?
— Você sempre procurou um motivo para se afastar e cometer crimes. Ninguém tem culpa se você é desse jeito, eu não tenho culpa. Agora você vai se arrepender. Mas saiba que ainda há tempo de desistir.
— Não até te destruir. — Desliga.
Sento no cama e tento ficar calmo. Amber vai estar segura, ele também não tem como chegar aos meus pais. Ele não pode me destruir.
Não pode.
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Colapso [COMPLETO NA AMAZON]
RomanceDante Valentine não era simplesmente um homem bonito, um pedaço de mau caminho, alguém que ninguém queria por perto, um bad boy com muitos problemas e passado desconfiável. Talvez até fosse algo mais só que... ...Amber não estava interessada e...