Amber
Dante enviou uma mensagem a dizer que queria cancelar o nosso encontro hoje de manhã, depois de dizer que ontem tinha assuntos para resolver, mas quando volto a ligar para ele, não atende as minhas ligações. Obviamente eu começo a ficar preocupada e com medo, porque pode ter sido tudo mentira e Dante já não quer mais nada comigo depois de perceber que teve o que queria, mas sinto que há algo errado.
Vou para o Night Club saber o que se passa, infelizmente não vejo Lorenzo, apenas uma stripper loira muito bonita vem ter comigo quando percebe que pareço perdida. A mesma stripper que Dante fodeu há algumas semanas, mas isso não importa.
Foda-se.
Importa sim.
Ela cruza os braços, exibindo seu corpo, os braços fortes e bonitos, a barriga tanquinho invejável, pernas grossas e torneadas, numa saia curta preta e saltos altos de vinte centímetros. Eu já teria caído no chão se os usasse, nem um passo daria.
— Olá, querida. Em que posso ajudar? — pergunta. Seu tom "simpático" não me engana.
— Lorenzo não está aqui?
— Acabou de sair para resolver um assunto rápido.
— E o Dante?
— Ele está ocupado agora. —brinca com o seu cabelo. — Acho que não quer ser incomodado.
— Bem, aposto que ele não se importa de ser incomodado por mim. Onde ele está?
— Ele foi claro quando disse que não queria que ninguém o incomodasse. — Sorri. — Melhor você esperar ou voltar noutra altura.
Nem pensar.
Passo por ela e vou subir as escadas até a sala dele. Abro a porta e vejo Dante com um policial. Ambos viram para mim e param de conversar o que quer que seja. Estou aliviada porque por um segundo achei que estivesse com uma mulher.
Sei que eu tomei a decisão de ficar com ele e disse que confiava, mas é um pouquinho difícil quando sei da péssima reputação que ele tem, mas agora eu me sinto mal. Ele deve estar ocupado a resolver outros problemas, talvez bem sérios enquanto eu estou com ciúmes e fazendo uma cena porque ele não atendeu as minhas ligações.
— Hart, eu depois converso com você. Por enquanto é isso. Qualquer coisa me avisa, por favor. — Dante diz.
— Não se preocupe. — O policial negro e alto passa por mim, acenando a cabeça levemente.
Estou na porta, olhando para Dante, sem saber o que dizer a ele. Ele está sentado, usando uma camiseta preta e jeans escuras, olhando para mim. Alguma coisa o incomoda ou ele já não quer saber de mim.
Fecho a porta e fico ao seu lado. — Oi.
— Oi, boo.
Foda-se, isso me faz sorrir.
— Por que não atendeu as minhas ligações?
— Eu tenho alguns problemas para resolver. Desculpa.
— E os problemas te impedem de atender ou ligar para mim?
— Eu... Amber, é um assunto delicado e minha cabeça está em outro lugar. Não tem nada a ver com você. — Levanta e toca o meu rosto. — Devia ter ligado, desculpa. É que ainda sou novo nessa coisa de relacionamento sério. Já não lembro como se faz.
— Mas temos mesmo que cancelar o nosso encontro?
— Podemos marcar para amanhã?
— Sim, pode ser.
Ele me beija. — Por que entrou aqui daquele jeito?
— Você parecia me evitar, o que esperava que eu fizesse?
— Eu não queria que se sentisse assim. Ouve, é algo que eu quero contar a você. É muito sério.
— E o que é?
— Lembra quando eu contei sobre a Emily?
— Sim.
— Nós éramos três. Três amigos inseparáveis antes de eu começar a namorar com ela. Havia o Luke, que também gostava da Emily. Ele conseguiu uma bolsa quando sua mãe morreu, e Emily e eu decidimos cuidar dele porque éramos a única familia que o restava.
— O que aconteceu com ele?
— A morte da Emily o devastou e até hoje ele não conseguiu se recuperar. Ele achava que eu era o culpado, que fazia ela se deprimir, e até hoje ele me culpa pela morte da Emily. Agora ele veio atrás de mim e disse que irá me fazer sofrer.
— É por isso que chamou a polícia?
— Eu pedi uma ordem de restrição. Mas não é a mim que ele quer. Ele quer te ferir para me ferir. — Cada mão sua toca o meu rosto. — Juro que não vou permitir, boo. Você não precisa ficar assustada.
— Por que ele quer fazer isso? Como ele me conhece?
— Deve ter me seguido. Ele voltou para Manhattan há mais de um mês.
Dou um abraço apertado nele. — Eu sinto muito.
— Desculpa não ter dito antes. Eu estou preocupado pensando numa solução desde ontem.
— Eu entendo. Sei que você vai conseguir. — Olho para ele. — Confio em você. Se quiser que eu ajude...
— Ajuda se tiver cuidado, está bem?
— Está bem.
Ele leva seus lábios nos meus novamente, sinto o seu desespero e preocupação, mas também o seu carinho, desejo e amor. Dante faz com que eu me derreta completamente com um simples beijo, e eu posso sentir que isso vale a pena a luta. Ele também quer mais.
— Não vai para o trabalho? — beija o meu pescoço.
— Assim como você, eu sou a chefe e apareço quando me apetecer.
— As chefes são muito sexys, sabia?
— Eu sei. — Passo as mãos nos seus braços fortes. — Passa no meu apartamento mais tarde?
— Prometo que vou. — Recebo mais um beijo. — Também prometo que vou ser mais atencioso e atender suas ligações ou ligar para você.
— Ótimo. Agora eu preciso ir.
— Eu te acompanho.
Dante segura a minha mão e saimos da sua sala. Enquanto descemos, chamamos a atenção de todos. As strippers param de ensaiar para olhar para nós, Lorenzo é o único que está sorrindo. Sinto-me bem ao receber todos esses olhares invejosos.
— Eu volto daqui a alguns minutos. — Dante avisa para Lorenzo.
Aceno para ele com a minha mão livre. — Tchau, Lorenzo!
— Volte sempre, Amber.
Vamos para o estacionamento até uma moto BMW preta linda que pede para eu a dirigir. Dante me entrega um capacete e senta na moto colocando o seu. Sorrio como uma idiota porque ele quer me deixar no trabalho.
— Não vai colocar o capacete, boo?
Adoro quando ele me chama assim.
— Eu posso dirigir?
— Você sabe dirigir uma moto?
— Eu sei.
— E onde você aprendeu?
— Com um amigo. — Digo. Duke me ensinou porque eu implorei assim que o vi de moto uma vez.
— O loiro?
— Sim, o marido da Karol. Algum problema com isso?
— Não, mas prefiro dirigir. Outro dia deixo você fazer isso.
Coloco o capacete. — Está bem. Eu vou cobrar.
Sento atrás dele e envolvo as mãos ao seu redor, o abraçando. Dante liga a moto e se faz a estrada. Eu acho sexy um homem dirigir seja o que for, mesmo uma bicicleta. Na verdade, acho sexy homens fazendo tudo, porque amo eles, mas ver Dante dirigir, acaba comigo.
E ele é mais romântico que todos que já namorei. Ivan não conta porque nunca chegamos de ter nada oficial, mas não importa. Eu estou feliz e me sinto segura com ele.
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Colapso [COMPLETO NA AMAZON]
RomanceDante Valentine não era simplesmente um homem bonito, um pedaço de mau caminho, alguém que ninguém queria por perto, um bad boy com muitos problemas e passado desconfiável. Talvez até fosse algo mais só que... ...Amber não estava interessada e...