Oi pexual! Espero que estejam bem!
Plaquinha da vergonha porque eu parei numa parte um pouco tensa no último cap, mas é o que tinha fml...
Aconteceram umas coisas dignas de matéria para tratar na terapia e fiquei meio bad, por isso demorei um pouquinho pra voltar, mas consegui concluir o cap de um jeito que achei que fez sentido. Coloquei um desfecho logo nas primeiras linhas pra acabar com a ansiedade e as dúvidas (levei até uns xingos por isso kkkk como é que dizem mesmo? não sufoque o artista?)
Boa leitura <3
(...)
Anita encarava o corpo da mulher aos seus pés enquanto uma poça vermelha se formava ao redor dele.
O mundo parecia ter perdido o som e movimento. Um minuto inteiro de pura inércia.
Quando volta a ouvi-lo, vem acompanhado do grito de Matias ao ser atingido e contido pelos policiais. A voz de Verônica invade seus tímpanos e seu toque a puxa para longe do corpo sem vida de Rosemary.
Detrás do júri, ela surgiu como um escudo, atirando-se à frente da filha. Em seu último ato em vida. Um ato de heroísmo e redenção.
Em um vislumbre, antes de deixar a sala, visualizam Matias caído, agonizando com dois tiros no peito. Havia acabado. Um acontecimento trágico que marcava o fim do ciclo mais doloroso de sua vida.
Mas nem todo fim é uma tragédia, aquele vinha revertido com um recomeço. Um calquete fazendo seu som característico ao iniciar uma nova tomada. O take seguinte se deu ao destino que Anita decidiria dar a Rosemary como ultima morada.
A delegada agora acreditava que única força capaz de fazer as pessoas ficarem melhores é o amor, mas não acreditava que existia amor da mãe para consigo, mesmo que em seus ultimos minutos Rosemary tenha mostrado compaixão, talvez uma onda de culpa que a levou a dar a vida por Anita e era grata por aquilo, por isso, realizou seu funeral e enterro, uma despedida digna. Não, também não pensava que Rosemary merecesse depois de ter agido com o mínimo de dignidade por toda a vida.
Mas Anita era uma pessoa diferente e ofereceria o melhor que havia em si dali em diante.
O trio que se formou na improbabilidade e acabou construindo uma amizade que ainda não sabiam, mas viria a perdurar, estava novamente reunido na casa de Anita aoapós o enterro junto a um seleto grupo de amigos. Anita não tinha certeza se deveria considerá-los daquela maneira, mas pensava que poderia algum dia.
Olga estava acompanhada do namorado, Olavo, que finalmente havia apresentado aos demais. Verônica havia levado Prata. Nelson também havia aparecido para a surpresa da loira. O momento fúnebre acabou se transformando em uma comemoração. Todos com exceção de Olga, tomavam cerveja e conversavam. Era uma sensasão estranha que Anita não sentia há anos.
Havia uma sensação de alívio.
- Buh - Verônica surge ao seu lado com um lindo sorriso, parando a sua frente - Como você está? - Envolve o pescoço da loira entre seus braços enquanto as mãos de Anita repousam em sua cintura por extinto e costume, pareciam ter sido feitas para aquele lugar.
- Leve - Ri roçando seus narizes - Eu tô feliz pra caralho - Completa abraçando Verônica, levantando-a no ar, fazendo a morena gargalhar - O quão errado isso soa depois de ter vindo de um funeral? - Continua, colocando Verônica de volta no chão.
- Soa na medida certa. Você não precisa se justificar, você sabe... Ninguém aqui a julgaria ou julga por isso, na verdade, foi um ato muito bonito, foi nobre.
- Parecia o certo a ser feito - Dá de ombros, querendo rir ao se dar conta que praticamente usara o jargão da escrivã "fazer o certo" - Então isso me torna nobre, hum? Acho que estou muito nobre mesmo por não ter chutado Nelson pra fora daqui ainda.
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Senses - Veronita
RomanceDizem que entre o ódio e o amor há um fio de conversação. Ambos são intensos e afetam os sentidos, mas quando esse diálogo acontece entre a boca e o coração, tem-se o desejo desenfreado. Verônica e Anita ainda não sabiam, mas colocariam essa teoria...