Última noite

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Bom dia, pessoinhas! Cês tão bem?

Estava verificando as estatísticas da fic e vi que uma porcentagem dos leitores tem menos de 18 anos e esse é um dos motivos de eu evitar ser explícita em hots, mesmo que a fic seja sinalizada com a tag +18. Mas achei que fez sentido para esse capítulo (Olha o spoiler aí).

Se você faz parte da porcentagem que tem menos do que a idade adequada, não me entenda mal, é apenas uma preocupação de quem tem consciência que o que escreve pode alcançar públicos distintos na internet. A presença de vocês é super bem-vinda, até porque a estória foca no desenvolvimento amoroso entre elas, but I am watching you bro 👀

Boa leitura <333

(...)

Anita acorda com mãos acariciando seus ombros e a sacudindo. Pisca várias vezes, se acostumando com a luz do raiar do dia que entrava pela janela.

Logo Verônica estava em seu campo de visão com um copo d'água e dois comprimidos.

- Está na hora - Sorri amarelo, quase que se desculpando por acordá-la de seu sono profundo.

Verônica trajava suas características calça preta, regata branca e jaqueta de couro. Acompanhadas dos inseparáveis coturnos.

A loira se sente uma criança ao levantar-se brevemente, colocando os comprimidos na boca e aceitando a água para que ela possa os ingerir.

- Obrigada.

Verônica fita sua carinha de sono com adoração. Que saudade que estava daquilo. Da rotina. Delas.

- Olga ligou. Contei do seu mal estar e ela vai ficar por aqui enquanto eu não estiver, pelo menos nesses primeiros dias. Tenho que ir ao trabalho, mas tem café da manhã pronto - Aponta para o criado mudo onde uma bandeja recheada de guloseimas estava disposta - Agora preciso mesmo ir, senão me atrasarei - Se abaixa para deixar um beijo protetor na testa de Anita que tinha cabelos bagunçados e um semblante ainda confuso. Parte de si ainda não havia acordado.

- Bom trabalho e Verô... Prepare-se.

A escrivã sabia sobre o que ela falava. E puxou uma longa respiração, tomando fôlego para enfrentar o dia.

(...)

Assim que adentra a Delegacia de Homicídios sente olhares pesados sobre si. Verônica sabia que chutara o balde e não abaixaria a cabeça para as consequências.

Sim Anita era uma criminosa acusada e sim essa era a sua mulher de quem não sairia do lado. E a quem apoiaria com unhas e dentes.

- Bom dia, Verô - Seu fiel escudeiro é o primeiro a lhe saudar - Tá famosa, hein?!

- Não acha que meu rosto fica lindo na TV?! - Sorri, sentando-se em sua mesa habiual.

- Acho. Também acho que você pode enfrentar uma sindicância - Seu tom não era irônico ou acusatório. Tinha certa preocupação - Mas eu admiro sua audácia - Apoia sua mão sobre o ombro da mulher, deixando um aperto antes de sair.

Verônica se põe a refletir sobre as palavras do amigo. Uma investigação interna, decerto estava sujeita a isso após escancarar seu relacionamento com Anita para o mundo.

E a confirmação para suas suspeitas vieram no decorrer do dia.

A nova delegada, sai de sua sala com o novo chefe do departamento. As coisas estavam realmente mudadas por ali. A mudança poderia ser feita quando iniciada de dentro para fora, afinal.

- Verônica Torres - Jeiza para ao lado da escrivã, lhe oferecendo um sorriso educado - Que bom que veio trabalhar hoje - Alfineta - Precisamos conversar e pode trazer um café e um lanchinho. O papo será longo - Reproduz as últimas frases em um tom baixo, apenas para que Verônica ouvisse.

Senses - VeronitaOnde histórias criam vida. Descubra agora