Oi pessoinhas. Cês tão bem?! Eu oficialmente tenho apenas 2 páginas de word escritas sobre esse conto. O restante são notas mentais, então as atualizações podem demorar mais a partir de agora
E também, quem quiser criar suas teorias, torcidas e etc sobre a história, esse é o momento kkk estou sempre ansiando pelas impressões de vcs.
Reescrevi esse cap algumas vezes até que sentisse que estava suficientemente bom, espero que gostem.
Boa leitura <3
(...)
Abrir os olhos nunca foi uma tarefa tão difícil. Sentia carícias em seus cabelos, tão leves que quase não pareciam estar mesmo ali.
Carícias e não golpes.
Estremece com a lembrança.
Os olhos azuis se abrem com dificuldade, piscando várias vezes para se acostumar com a luz, para se certificar que estava mesmo ali. Que não haviam capangas ao seu redor. Que a sua dignidade não havia se esvaído por inteiro.
Com dificuldade, se senta na cama daquele quarto branco, tentando conter o Pânico, seu olhar dança entre a mulher que antes acariciava seus cabelos e o cômodo onde estava. O coração batia acelerado dentro do peito, temendo pelo que pudesse vir.
Olga a observava sem nada dizer. Até que decide quebrar o silêncio.
- Está tudo bem. Você está bem – Sua voz era calma, seu olhar era enigmático e um sorriso fraco nasceu em seu rosto – Me diga, como é quando batemos à porta da outra dimensão?
Anita sentia náusea, sentia o estômago revirar. Sentia cortes acordando junto com ela e um leve ardor se espalhava por várias pequenos pontos de seu corpo.
- Doloroso – Responde com a voz rouca pela fato de ter acordado há pouco tempo e de ter sido torturada por dias inteiros em que só o som de seus gritos eram seus companheiros.
Observa uma mesa próxima a cama onde havia uma garrafa de água. Até mesmo o ato de deglutir era doloroso, mas ansiava pelo líquido.
Se perguntava se não deveria estar sedada naquele momento.
- Nenhuma luz no fim do túnel? Passagem secreta? Ponte?
- Desde quando você é espiritualizada?
Não precisavam de cerimônia. Nunca precisaram. Sempre iam direto ao ponto uma com a outra. Relação essa que no passado se resumia a acordos de negócios e noites agitadas.
Olga senta num pequeno espaço da cama, ajudando a delegada a abrir a garrafinha de água, o que parecia uma tarefa estupidamente difícil para seu braço lesionado. E a única coisa que sua mandíbula e rosto dolorido lhe permitia ter vontade de ingerir.
- As pessoas mudam – Responde levando um copo com água cuidadosamente até os lábios machucados. Anita os molha lentamente. Bebendo de golinho em golinho.
- Você? Eu acho pouco provável. Parou de ser uma fora da lei?
- Bem, nem tanto assim – Ela ri – Eu sou inescrupulosa, e sou muito boa em ser assim. Acontece que... Mudei minha perspectiva para muitas coisas.
- E isso inclui o motivo da sua visita aqui? O que está havendo? Como vim parar nesse lugar com você? – Perguntava pausadamente, sua fala era arrastada.
Olga permanece em silêncio por mais um tempo, parecia escolher as palavras antes de proferí-las.
- Sabe, quando vi no noticiário que a casa havia caído pra você, e, consequentemente, pra eles... Acho que tive poucos momentos de tamanha alegria na vida.
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Senses - Veronita
RomanceDizem que entre o ódio e o amor há um fio de conversação. Ambos são intensos e afetam os sentidos, mas quando esse diálogo acontece entre a boca e o coração, tem-se o desejo desenfreado. Verônica e Anita ainda não sabiam, mas colocariam essa teoria...