Vomitando Gritos de Silêncio

Princípio de Experiências

Hoje é dia 09 de outubro de 2014 e sinto a necessidade de registrar as minhas experiências. Tenho muita coisa para falar, mas não em relação às experiências que vivo no dia-dia, mas direi algumas para esclarecer alguma coisa quase inexplicável para mim. Não tenho priorizado a memorização dos acontecimentos, mas estou registrando o que vem à cabeça de forma quase aleatória. Para continuar falando sobre algumas experiências que tive, preciso falar sobre dois tipos de intenções das quais todos, nós seres humanos, temos e raras vezes alguém percebe. A primeira é a intenção prevista, onde desde o início já sabemos qual será o nosso objetivo. Um exemplo desta intenção é uma faculdade. Muitas pessoas fazem testes vocacionais para saber qual faculdade desejariam cursar, quando começam o curso já sabem exatamente o que querem fazer da vida. Esta foi uma intenção prevista, porém há uma segunda da qual não percebemos com facilidade e a esta chamarei de intenção abstrata. Não darei explicações claras sobre esta, pois está quase claro que ela praticamente é o oposto da intenção prevista. Darei um exemplo para que facilite a imaginação, mas este exemplo não deve refletir nitidamente a existência desta intencionalidade.Há uma passagem bíblica onde Jesus dá o exemplo dos pássaros que, até onde sei, não acumulam alimentos para o dia seguinte, ao menos não na maior parte das vezes, mesmo assim a Natureza (Deus) lhes fornece o alimento de cada dia. Esta intenção abstrata é semelhante a intenção dos pássaros, por tanto, não espere que eu esclareça mais do que apenas os meus sentimentos, apenas quero dizer que a minha intenção é intencionalmente abstrata.Faz poucos anos que criei um vlog no youtube para registrar alguns poemas que produzi. Não tive sucesso e mesmo as poucas pessoas que assistiram acharam que queimou mais o meu filme. Apesar de ter sido algum tipo de plágio do PC Siqueira ou do Felipe Neto e também não ter feito com a intenção de fazer sucesso (embora eles tivessem conquistado isto), tenho um certo orgulho daquele vlog por ter sido um desabafo e principalmente por me fazer esclarecer que realmente não me importo com críticas destrutivas. Ah! Sim, preciso falar sobre isto. Percebi que hão dois polos decríticas sociais. O polo construtivo e o destrutivo. No polo construtivo as pessoas falam algo de bom ou mau para o bem e no destrutivo não há nada para o bem, mesmo que aparente ser um elogio. Acontece é que não é fácil perceber estes polos pois existem as ironias "mascaradas", existem os sarcasmos, existem os elogios, existem as reflexões e todas ficam embaralhadas dentro das intenções que mudam periodicamente conforme o sentimento de cada um. Enfim, existem muitas maneiras de ajudar ou menosprezar alguém, de todas elas a mais importante das reflexões é a intenção.Pois bem, este vlog que criei, perdi a senha e não tenho mais acesso. Desta maneira, fico ainda mais feliz por não ter sido pressionado psicologicamente a tirar os vídeos do ar. Então não posso tirar por motivo de incapacidade intelectual (da minha falta de memória), realmente esqueci, mas a vergonha continuaria sendo um sentimento opressivo, caso eu tivesse. Por isto não me esforço de maneira alguma para tirar os vídeos do ar. Na realidade, não tenho vergonha de absolutamente nada do que fiz ou deixei de fazer, o problema é que muitas pessoas interpretam isso como um motivo para se afastarem de mim. Logo me vejo praticamente sozinho, pois vi que a intenção das pessoas normalmente é ser conquistado por aquilo que ajuda a conquistar, e eu não estou tentando conquistar, apenas estou vomitando meus sentimentos, espero que esta ânsia seja uma gestação de algo bom.Eu era agnóstico, mas antes de ser agnóstico fui cristão, depois volto a ser cristão e por conta própria começo a estudar filosofia. Entre os 16 e os 18 anos eu bebia muito, depois passei por quase 6 anos defendendo a ideologia straight edge que prega a total abstinência de drogas lícitas ou ilícitas. Agora que deixei de ser agnóstico e voltei a acreditar em Jesus, também voltei a beber e raríssimas vezes fumo ou como maconha. Também iniciei um curso técnico em informática no Senai e não concluí, trabalhei por pouco tempo como técnico, mas como detesto informática, parei de trabalhar com isto. Comecei fazer faculdade de pedagogia e, apesar de ter gostado muito, também tranquei minha matrícula. Atualmente tenho trabalhado auxiliando na digitação de um centro de prevenção à criminalidade, mas talvez logo deixarei este emprego para montar meu próprio negócio, isto é, se eu não mudar de ideia de novo.Perceba a mistura de indecisões laçando a minha história. Quando olho para muitas pessoas, sinto que eu deveria sentir vergonha de ser assim, mas também estou indeciso sobre ter ou não ter vergonha. A indecisão que toma conta dos meus sentimentos não me afetam de maneira negativa, parece que tudo se torna novo a cada nova decisão. Mas algumas vezes a tristeza bate na porta do meu coração de uma maneira fria. É tão frio que parece que fico indeciso entre viver ou não viver, entre ser ou não ser (eis a questão) e é exatamente dentro desta indecisão que tenho encontrado meu caminho. Não de maneira indecisa, ao contrário, realmente tenho sentido ser autor da minha existência, mais do que qualquer outra decisão.Tenho alimentado com muito pouco de muitas coisas. Quero ter o costume de dizer que tenho tentado estudar Nietzsche através dos olhos de Jesus e também tenho tentado estudar Jesus através dos olhos de Nietzsche, mas tenho certeza que enquanto eu viver, não conseguirei, de fato, aprender o olhar de nenhum dos dois em relação a nenhum dos dois. Como eu disse, me alimento pouco, e por mais que eu me alimente, em vida nada é uma conclusão, sempre será uma incógnita, ou seja, tudo se resume na fé e esta eu realmente tomei a minha decisão.