As línguas
Para mim existem diversos tipos de mentiras, vejo mentiras em todos os lados. Mentiras dos grandes e mentiras dos pequenos, mentiras dos pequenos ou mentira dos grandes. Todos nós estamos iludidos, por isto continuamos iludindo, mas na minha opinião foi criado a maior de todas as mentiras e a partir dela tomo as minhas referências. A mentira que diz que toda verdade deve ser questionada. Dizem que a única verdade é que não existe uma verdade absoluta, esta verdade subjetiva e ao mesmo tempo coletiva é mesmo forte, pois provoca incertezas em todos nós sobre muitas coisas, como a Natureza resolveu não falar conosco através da nossa língua, que é a língua portuguesa, inglesa, francesa, italiana, japonesa, chinesa, nordestina, a linguagem do mineirês, turca, russa, grega, tupi, guarani e enfim (cansei de falar o título das línguas em português), por ver tanta desigualdade entre pessoas iguais, acho que a Natureza resolveu parar de falar conosco.Existe uma língua que está surgindo com o passar do tempo, acredito que ela será a língua dos sentimentos. Acho que todas as línguas começam com uma primeira palavra, esta primeira palavra é exatamente a palavra título, que faz com que as etimologias de todas as outras palavras tangenciem-na. Não sei qual foi o primeiro som emitido pela boca de um homo sapiens, mas com certeza sei o que estou falando. Acredito que a próxima palavra da próxima língua predominante de maneira global, virá a partir de uma junção de conjuntos desta frase: "A única verdade é que não existe uma verdade absoluta". Dentro dos sentimentos, acredito que esta ideia foi criada pelas pessoas que se cansaram de esperar a resposta a partir das coisas naturais, então resolveram inventar, e as invenções são partes preciosas da mesma linguagem, talvez a segunda palavra sentimental, a linguagem do poder. As pessoas buscam dominar, e os dominados se sentem inferiores. Estes seres "inferiores", na realidade são naturalmente iguais aos superiores, mas pelo motivo de terem os mesmos sentimentos, acabam se inferiorizando para que os "superiores" sejam cada vez mais engrandecidos. É um diálogo emocional, quase nunca verbal.Reparo estas coisas através das propagandas que induzem as pessoas a serem quem elas são, as propagandas são feitas por pessoas "superiores" e os "inferiores" caem em suas "armadilhas".Agora, se tudo é vaidade, qual é o problema nisto? Bom, o problema que vejo é a solidão. Para mim, a pior coisa de se sentir inferior, é saber que as pessoas não vão te procurar, são os inferiores que procuram os superiores, por isto a massa de pessoas é o alvo principal, pois a massa é a parte superior. É na multidão que se encontra personalidades preciosas.Será que nunca existiria um reinado só com o rei? Bom, sou rei de mim mesmo. Minha casa é meu reinado, mas estou escrevendo este livro para que fique bem claro que todo o meu entendimento a respeito destas coisas não é um entendimento pela profundidade de estudos, não sou muito estudioso, ou seja, não fico me alimentando de mais, então como posso perceber tantas coisas a respeito da nossa existência? Bom, isto também é simples, não me alimento demasiadamente paranão engordar, pois percebi que aqueles que engordam de mais, chegam num dia em que se sentem mais rejeitados do que aqueles que aprenderam a viver no mundo da rejeição desde a juventude. Bons são aqueles que se alimentaram tanto da filosofia onde podem e buscam compartilhar com outras várias pessoas, como o professor Mário Sergio Cortella, o professor Leandro Karnal, Clovis, Viviane Mosé. Estes só para mencionar a atualidade, mas tantos outros do passado que já se foram, também souberam "engordar" sem perder a bondade de compartilhar o que entendiam. O problema não são eles, o problema são as pessoas que se empanturram de informações e depois dão "esmolas educacionais" e acham que estão fazendo algo de bom. Quando chegam próximo de algum superior, humilham as "crianças" para mostrarem aos superiores o quanto é bom fazerem o mesmo com eles, para que eles sejam felizes (é, eu sei que esta parte ficou bem confusa, talvez o leitor precise ler outras vezes esta mesma parte para entender, mas como tenho a Nietzsche como meu superior, estou escrevendo o que me vem à cabeça).
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Vomitando Gritos de Silêncio
EspiritualUma experiência que me propus a fazer, que me deixou à beira da sanidade ou da loucura. Uma forma de aprender a ouvir melhor as pessoas. A experiência se passa em Belo Horizonte em 2014.