Senti a mão do meu pai no meu ombro e me virei de lado, sem mexer a cabeça. Dei um passo à frente para escapar de seu toque, pois tudo nele me incomodava. Entrei no restaurante e fui imediatamente envolvida por um ambiente opulento, mas carregado de uma falsidade que eu nunca tinha experimentado antes.
A mesa era enorme, cercada por políticos e figuras importantes que pareciam mais interessados em suas próprias aparências do que em qualquer outra coisa. Nunca vi tanta gente falsa em um lugar só. Os elogios que recebia eram superficiais e vazios, e eu mal conseguia sorrir.
Um homem idoso, com um sorriso malicioso, se virou para meu pai. - Uau, Sr. Aaron, sua filha é realmente uma... - ele começou a rir com uma expressão que me fez sentir vontade de vomitar.
- Sim, eu falei pra vocês que me meter nos negócios não ia trazer benefícios só pra mim, e sim pra vocês também! - meu pai respondeu, com um ar de satisfação.
Todos começaram a rir, mas eu estava me sentindo super desconfortável. Meu desejo de ir embora crescia a cada instante. Os únicos que pareciam sérios eram Erick e Lyle, sentados ali perto.
Meu lugar estava reservado para sentar na frente deles, e isso não ajudava muito. Quando me sentei à mesa, trocamos olhares rápidos.
- Olá, gente - tentei ser amigável.
- Oi - respondeu Erick.
- Oi - Lyle disse seco.
O clima estava tenso entre nós três. Eu podia sentir os olhares dos outros convidados sobre nós, como se estivessem avaliando cada movimento nosso. A noite prometia ser longa e desconfortável.
Erick e Lyle continuavam me observando, como se estivessem procurando algo em mim. A tensão crescia e, para quebrar o silêncio, decidi perguntar discretamente:
- Tudo bem, gente? Aconteceu algo?
Eles trocaram olhares antes de responder.
- A gente é quem te pergunta - disse Erick, com uma expressão enigmática.
- Como assim? - perguntei, confusa.
- Nada - Lyle respondeu rapidamente, mas a maneira como ele disse aquilo parecia esconder muito mais.
Um silêncio desconfortável se instalou entre nós. Eu podia sentir meu coração acelerando. O que eles estavam pensando? O que estava acontecendo ali? Eu não queria parecer frágil ou insegura na frente de todos aqueles políticos, mas a situação estava me deixando inquieta.
Eu estava sentada na ponta da mesa com Lyle e Erick, e enquanto a barulheira ao redor continuava, um deles parou de rir e olhou para mim com um sorriso travesso.
- Quantos anos você tem, garota? - ele perguntou, inclinando-se para a frente.
- Ah, 17 - respondi, tentando parecer tranquila.
- Quanto tempo falta para você fazer 18? - ele insistiu.
- Um ano ainda - disse, sem saber que tipo de resposta ele esperava.
Ele fez uma pausa, como se estivesse pensando em algo. Então, com um tom malicioso, disse: - Certo, então quando você completar 18, vê se me liga, tá?
O riso ecoou pela mesa, e todos se divertiram com a piada. Mas o que me incomodou foi a maneira como ele falou. Erick e Lyle, por outro lado, estavam muito sérios. Eu pude ver a tensão em seus rostos; eles claramente não achavam graça naquilo.
- Babacas... - murmurei para mim mesma, sentindo uma mistura de raiva e desconforto.
Era frustrante ser tratada daquela forma, como se eu fosse apenas um objeto de brincadeira. O clima estava pesado e eu queria muito sair daquela situação incômoda. Olhei rapidamente para Lyle e Erick em busca de apoio, mas eles estavam diferentes, parecia que tinha algo ali incomodando eles, eu não sabia o que, e por que, aquilo estava me frustando.
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Lyle menendez, ódio ou amor?
FanfictionSofia, uma garota brasileira que se muda obrigatoriamente para os Estados Unidos, enfrenta diversos desafios, incluindo problemas com a família. Durante essa nova fase, ela descobre novos amores, mas sua atenção é atraída por Lyle Menendez e Erick M...