entrelaçados.

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Era dia, e eu estava deitada no chão da sala, com a luz do sol aquecendo meu rosto. Acordei por causa desse calor confortável e, ao olhar para o relógio na parede, percebi que já eram 14 horas da tarde.

— Merda! Eu dormi tudo isso? — pensei, em choque.

Levantei-me correndo, ainda meio tonta, e fui me trocar rapidamente. O banho precisava ser rápido, mas refrescante, para despertar de vez e me preparar para o resto do dia.

Eu ia sair de casa, mas parei na porta.

— Merda! Eu tinha me esquecido — pensei, lembrando que não tinha nada para fazer. Tinha brigado com os meninos, e a verdade era que estávamos sempre juntos.

Desisti de sair e fiquei em casa. Comi algo nada especial, assisti TV e, cansada, acabei dormindo. Depois, acordei e voltei a assistir TV novamente.

— Que saco! — murmurei, deitada no sofá. — Eles só falam sobre o Aaron.

Desliguei a TV e resmunguei novamente:

— Meu dia com os meninos é muito mais interessante! Olha a hora, já são 20 horas e eu não fiz nada!

Levantei-me, determinada. Eu ia falar com eles e deixar a birra de lado.

Saí de casa, mas antes, apaguei todas as luzes. Sentia que era hora de retomar as coisas como eram antes, eu queria entender o que aconteceu, ja estava de cabeça fria.

Fui a pé até a casa dos Menendez. Demorei cerca de 20 minutos e, quando cheguei, percebi que precisava ser discreta.

Olhei ao redor e vi uma escada de jardim encostada na parede. Peguei a escada e a coloquei cuidadosamente na parede. Subi silenciosamente, com o coração acelerado, até o quarto do Lyle.

O quarto do Lyle ficava no segundo andar, e eu sempre tive medo de altura, então aquilo me assustou um pouco. Mas, finalmente, consegui entrar.

— Ufa — falei baixo para mim mesma.

No entanto, não havia ninguém no quarto. Eu podia ouvir gritos vindo do andar de baixo.

— Mas que merda é essa? — murmurei, apreensiva.

Saí do quarto discretamente e fiquei observando da escada a briga que estava acontecendo no cômodo de baixo. Lá estavam Lyle, Erick, Kitty e José, brigando como loucos.

— Eu já falei que não quero você me envolvendo nessa briga, Lyle! — Kitty gritou, enquanto Lyle rebatia.

— Eu tô me lixando para o que você quer! Você nem sequer liga para mim e o Erick e ainda quer que a gente se importe, vai se foder!

— Olha como você fala com a sua mãe, Lyle! Respeite a mim e a ela, somos seus pais! — José gritou, a raiva em sua voz vibrando no ar.

— Não, vocês não entendem! Como vocês querem respeito se não nos respeitam? Porra! — Lyle bateu a mão na mesa, e Erick, assombrado, começou a chorar ao seu lado.

José, furioso, deu um soco na cara de Lyle, e ele caiu com tudo no chão. Erick se abaixou correndo para ajudar o irmão.

— Saia de perto dele agora, Erick! Ou eu mato vocês dois juntos! — José gritou, e Erick, assustado, saiu de perto.

José se aproximou de Lyle e gritou:

— Peça desculpas agora para nós dois!

Lyle ficou em silêncio, respirando pesado.

— Agora, Lyle! — José repetiu, sua voz cheia de exigência.

Lyle respondeu com sangue nos olhos e lágrimas escorrendo pelo rosto, acompanhado de deboche.

Lyle menendez, ódio ou amor?Onde histórias criam vida. Descubra agora