grandes amigos.

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Subo para meu quarto, me sento na minha cama e fico me forçando a lembrar: o que rolou? O que fizeram comigo? Quem fez algo comigo? Por que nenhum deles está aqui? Quem me deu banho? AAAA! Todos aqueles pensamentos acabam comigo, até que levo um susto ao perceber que meu pai está em pé, me encarando no quarto.

— Que susto! — dou um leve pulo.

— Você tem problema, Sofia? Tá meditando agora? — meu pai fala provocando.

— Não enche! — levanto da cama, tentando afastar a confusão na minha mente.

— Desce — ele ordena.

— Que? Por quê?

— Quero que conheça uma pessoa.

Ele desce e eu o sigo, um misto de curiosidade e apreensão crescendo dentro de mim.

Havia uma mulher sentada no sofá. Enquanto eu descia, ela me olhava com um sorriso acolhedor.

— Oi — falo, tentando esconder minha insegurança.

— Olá! — ela responde com entusiasmo.

Meu pai então fala:

— Sofia, essa é a minha mulher. Conheci ela faz algumas semanas e tenho certeza de que quero ela para a minha vida!

— Da hora. — faço um gesto de "joia", mostrando que eu não estava nem um pouco interessada

Ela se levanta e vem até mim, pegando minha mão delicadamente.

— Agora você vai ter uma segunda mãe e um irmão também.

— Eu já tenho mãe — falo na defensiva.

— Sofia! — meu pai briga comigo, ele não queria que eu lembrasse da minha mãe, mesmo ela sendo a pessoa que eu mais amo.

- Caralho, que encheção... -falo desinteressada

Olho para a mulher, esperando que ela não se ofenda. Então ela diz:

— Olha, seu irmão tá aqui.

Ela me leva até o sofá. Um menino estava deitado ali, respirando por aparelhos. Ele não tinha cabelo e parecia tão frágil... Olhar aquilo doeu meu coração. Quando ele me vê, abre um sorriso tímido e eu me simpatizo com aquele menino na hora.

— Quantos anos ele tem? — pergunto, preocupada.

— Ele tem 5. O nome dele é Archie.

— Oi, Archie! — agacho-me para ficar na altura dele. — Tudo bem?

— Oi, Soso! Você é minha irmãzinha mais velha agora?

— Sou sim!-eu tratei todos mal, mas ele não merecia isso.

Eu ia conversar mais com ele, mas alguém bate na porta. Meu pai vai até lá e abre.

— Quem são vocês? — ele pergunta, sua voz carregada de desconfiança.

— Somos amigos da Sofia — responde uma voz familiar.

Reconheci pela voz: era o filho da puta do Noah.

Naquela mesma hora, eu me levanto e vou até a porta.

— E aí, Sofia, bora sair? — Noah fala, com um sorriso no rosto.

Por dentro, eu estava fervendo. Queria matar esse menino, mas se eu quisesse descobrir a verdade, teria que fingir.

— Claro! — solto um sorriso forçado. — Vou só me trocar lá em cima.

Eu corro escada acima, meu coração acelerado. Assim que chego no meu quarto, grito no travesseiro:

— Aquele filho da puta fingido desgraçado!

Lyle menendez, ódio ou amor?Onde histórias criam vida. Descubra agora