a vingança.

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Mais um dia começou. O sol mal havia raiado e eu já sentia a tensão no ar. Horas se passaram lentamente, como se cada segundo fosse uma eternidade, até que finalmente chegou a hora que todas nós esperávamos: a hora do refeitório. Eu estava ansiosa, não apenas pela comida, mas por um motivo muito mais significativo. Era o momento da minha vingança.

Quando as portas se abriram, as detentas começaram a se arrastar para o refeitório, criando um burburinho ensurdecedor. Eu me sentei em uma mesa isolada, tentando ignorar as provocações que vinham de trás de mim. Elas, as minhas algozes, estavam lá, rindo alto, fazendo piadas sobre mim, debochando dos meninos, Lyle e Erick. Achavam que eu estava intimidada, que não faria nada. Mas elas estavam prestes a descobrir o contrário.

Levantei-me lentamente, como se a comida ainda estivesse no meu prato, mas, na verdade, eu estava controlando a raiva que fervia dentro de mim. Com um movimento rápido e preciso, bati o prato com toda a força na cabeça da líder delas. O barulho ecoou pelo refeitório, e tudo parou por um momento. O sorriso arrogante dela se transformou em uma expressão de surpresa e dor.

As outras se levantaram, furiosas, mas não sabiam como lutar, apenas puxavam meu cabelo descontroladamente. Eu, por outro lado, estava determinada. Desferi socos e chutes, atingindo quem conseguisse. A adrenalina corria nas minhas veias, e cada golpe parecia uma libertação. Minha boca começou a sangrar, mas era pouco comparado à satisfação que sentia ao ver aquela turma de valentonas saindo com marcas roxas pelo corpo.

Um grito de dor ecoou ao meu redor, e eu estava prestes a desferir mais um golpe quando, de repente, senti mãos firmerem em meus braços. Eram os guardas, segurando-me com força. Estava longe de terminar, mas percebendo que minha pequena vingança precisaria ser apenas um começo, eu gritei: 

— Suas vagabundas! Na escola que vocês estão estudando, fui eu quem dei aula! Putas!

Eu fui parar na solitária novamente. Foram 2 dias. Tediosos, sem dúvida. A única companhia que eu tinha eram meus próprios pensamentos, ecoando nas paredes frias e nuas. O tempo parecia se arrastar, mas quando finalmente fui solta, eu estava elétrica, esperando o momento certo para dar o troco nelas.

Infelizmente, eu fui solta às 15 horas. O almoço? Ah, era às 14 horas e ia até às 14:30! Um golpe cruel, mas o dia ainda me reservava uma surpresa: era dia de lavar as roupas. Eu adorei aquele ritual. As detentas se reuniam, riam, e de alguma forma, aquilo trazia um pouco de normalidade em meio ao caos.

Enquanto eu aguardava, pensava: — "Aquelas baratas não têm ideia do que está por vir." Minhas mãos coçavam para agir, mas eu precisava de um plano. O cheiro dos detergentes e o som da água batendo nas roupas sujas me deixavam ainda mais ansiosa. Eu só queria que aquele trabalho de lavagem acabasse logo para que eu pudesse finalmente ter a minha revanche.

Eu precisava que as sete se separassem. Elas estavam atentas a mim e, definitivamente, planejando dar uma surra em mim também. Mas eu estava sempre a dois passos à frente. 

A  líder do grupo, que tinha o número 213 em sua camisa, era a mais ameaçadora de todas. Seus olhos brilhavam com uma determinação que me deixava alerta. Então, ela se separou do grupo. — Vou buscar mais roupas para as "empregadas" lavarem! — anunciou, com um sorriso que não prometia nada de bom. Aquela foi a minha hora.

enquanto a 213 foi pegar o cesto de roupas, eu fui por trás, e puxei ela pelo cabelo, levei a mesma até o tanquinho que estava batendo roupas, e comecei a afogar ela. Eu deixava ela 20 segundos na água, e depois levantava. 

— Isso é um aviso, sua puta.—Eu falo, com sangue nos olhos. — Se você não parar de mexer comigo, eu te mato aqui mesmo, e mato suas amigas também, você sabe que eu matei meu pai, e eu não vou ter problemas para matar alguém que eu tenho 0 afinidade. 

Lyle menendez, ódio ou amor?Onde histórias criam vida. Descubra agora