predador e presa.

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A manhã chegou, e Lyle não estava no quarto. Levantei-me, fui tomar banho e me arrumei. Enquanto me vestia, fiquei com vergonha ao lembrar da noite passada. Os momentos que compartilhamos ainda ecoavam na minha mente, fazendo meu coração acelerar

Arrumei a cama, sentindo o cheiro suave do café que vinha da cozinha. De repente, alguém agarrou minha cintura por trás. Era Lyle. O toque dele me fez um frio na barriga; a ideia de estarmos juntos ainda era nova para mim, e isso me deixava um pouco nervosa.

— Bom dia! — ele sussurrou, dando beijos suaves no meu pescoço, fazendo meu coração acelerar. Eu me virei para encará-lo, um sorriso involuntário se formando nos meus lábios.

— Bom dia! — sorri de volta e dei um selinho nele, sentindo a maciez dos seus lábios.

— O Erick está? — perguntei, tentando desviar o foco da nossa intimidade.

— Está lá embaixo. Mandou eu te acordar para comer — respondeu ele, um brilho travesso nos olhos.

— Ah, vamos! — puxei-o pelo braço, mas antes de descer as escadas, me separei dele. Queria preservar um pouco do nosso segredo. — Não vamos contar nada para o Erick ainda.

Ele fez uma expressão que misturava descontentamento e curiosidade, mas acabou concordando com um leve aceno de cabeça.

— Bom dia! — cumprimentei o Erick.

— Bom dia, Sofia! Tentei fazer uma panqueca pra você! — disse ele, todo animado, seus olhos brilhando de expectativa enquanto apontava para o prato na mesa.

Olhei para a panqueca; ela estava bem deformada e queimada em algumas partes. Me sentei à mesa com um sorriso encorajador e peguei um pedaço. Além de feia, estava horrível e crua por dentro. Disfarcei o nojo e comi tudo, pois ele estava tão feliz com seu esforço.

— Está gostoso? — perguntou ele, radiante como se estivesse esperando uma aprovação sincera.

— Está sim, Erick! Maravilhoso! — respondi com entusiasmo, tentando fazer meu tom de voz soar genuíno enquanto mastigava a massa crua. A alegria dele era contagiante.

Depois de comer tudo, me sentindo um pouco mal, fui até a pia para lavar os pratos. Enquanto eu enxaguava, a campainha tocou, interrompendo meus pensamentos.

Erick foi atender, e eu me escondi rapidamente atrás da porta da cozinha, lembrando que eu estava escondida do meu pai. Mas assim que Erick abriu a porta, ouvi uma voz doce e animada.

— Oi, Erickizinho! O Lyle está? — A garota tinha um tom de voz que parecia uma mistura de flerte e familiaridade, logo eu saí atrás da porta e fiquei olhando.

Lyle olhou para mim com uma expressão que não consegui decifrar. Eu estava confusa; não via nada demais na interação dele com essa garota.

Ela entrou e, ao ver Lyle, tentou cumprimentá-lo com um beijo na boca. Mas ele desviou, e a cena me deixou furiosa. O ódio tomou conta do meu rosto enquanto eu me mordia por dentro de ciúmes. *Essa piranha*, pensei. *Quem ela acha que é?*

— Da pra você parar de me seguir? Faz três meses que eu falei que não queria mais, porra! — Lyle falou irritado, sua voz carregada de frustração.

A menina não se deu por vencida. — Eu não teria vindo se tivesse respondido minhas mensagens. Poxa, Ly, você sabe que o que rola entre nós é diferente de todas as outras que você já pegou — afirmou ela, com um olhar desafiador.

A situação estava ficando tensa, e eu estava prestes a explodir. *Calma*, pensei. *Não tem porque eu ficar com ciúmes; nem estamos juntos.*

— Cala a boca, Charlotte! — Lyle disparou.

Lyle menendez, ódio ou amor?Onde histórias criam vida. Descubra agora