ódio ou amor?

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Era meu pai na ligação, e meu coração acelerou. Eu ia atender, mas Erick pegou meu celular e o tacou no chão.

— Que isso, Erick? — olho assustada e sem entender.

— Quem te deu esse celular? — ele pergunta, com um olhar desafiador.

— Foi o Aaron, ué.

Ele sorri com sarcasmo e pega uma pecinha do chão.

— Que isso? — pergunto, confusa.

— Um localizador. — Ele o taca no chão e quebra com o pé.

— Merda! — olho para Lyle, esperando que ele tenha uma solução.

— Ele sabe que eu tô aqui. — completo, sentindo o medo crescer dentro de mim.

Lyle só me olha, sem falar nada.

— Eu vou sair daqui. — falo, decidida a não ficar mais um segundo sob essa pressão.

— Que? — Lyle responde, surpreso com a minha determinação.

— Não vai não! — Erick afirma, bloqueando meu caminho com um olhar firme.

— Gente, não dá! Ele sabe que eu estou aqui; isso é loucura! — exalto-me, sentindo a adrenalina subir enquanto a realidade da situação se instala.

— Erick, me dá licença, agora. — peço, tentando manter a calma.

— Não. — ele não sai do meu caminho, bloqueando cada saída.

Reviro os olhos, exasperada.

— Gente, puta que pariu! Vocês não entendem que isso não é só sobre mim? Meninos, se eu ficar aqui, vocês vão correr perigo também! Tentem raciocinar! — falo nervosa, sentindo a frustração transbordar.

— E você quer que a gente faça o quê, Sofia? Deixa você sair assim? Você não acha que ele tá te procurando? E a gente nem vai conseguir se falar porque agora seu celular tá quebrado! — Lyle responde, sua voz carregada de preocupação e urgência.

— Tá! Mas ficar aqui não é a solução! — grito, a frustração transbordando.

— E sair também não é a solução! — Lyle grita de volta, com a mesma intensidade.

— Se liga, menino! Não grita comigo não, caralho! Já cansei de aguentar suas grosserias! — respondo, exasperada.

Lyle começa a rebater, e a discussão esquenta. Mais uma vez, Erick interrompe.

— É sério que vocês vão brigar igual dois idiotas agora? — ele grita mais alto que eu e Lyle. Na hora, eu e Lyle ficamos mansinhos.

— Caralho! Parem de brigar agora! Tá todo mundo fodido aqui e vocês dois brigando! Parem de ser duas crianças, porra!

— Mas é ela que… — Lyle tenta justificar, mas Erick o interrompe com outro grito.

— Não me interessa quem começou ou não! Porra!

Eu reviro os olhos para Lyle, e ele revira os olhos para mim, numa troca silenciosa de provocação.

Encosto na mesa em silêncio, enquanto Lyle se apoia na parede, com as mãos nos bolsos, claramente irritado.

— Ótimo! Quero os dois quietos! Chega de brigar toda hora! Duvido que, quando eu não estava aqui, vocês dois estavam brigando! — Erick grita, tentando impor um pouco de ordem.

Faço uma cara de desaprovação, e Lyle responde com uma expressão de merda, visivelmente irritado.

— Sofia, você fica! — Erick fala com determinação. Ele estava tão bravo que eu nem quis rebater.

Lyle menendez, ódio ou amor?Onde histórias criam vida. Descubra agora