o outro lado da moeda.

101 11 8
                                    


Eu tive certeza: eu tinha que confrontar Lyle.

— Lyle, o que é isso? — perguntei, mostrando o colar.

— Ah, você achou meu colar. Onde estava? — Lyle perguntou, sua expressão um tanto desconcertada.

— Na casa do meu pai. — Respondi, fria como o gelo.

Lyle olhou para mim, meio assustado, como se a realidade estivesse começando a se desdobrar diante dele.

— Você entrou lá? — ele questionou, a voz tremendo levemente.

— Tem certeza que é você quem tem que perguntar isso? — eu retruquei, sentindo a raiva fervilhar dentro de mim.

— Como isso foi parar lá?

— Eu que te pergunto, Lyle! Porra! — exclamei, deixando as emoções transbordarem. A tensão no ar era palpável; eu precisava saber a verdade e não ia parar até conseguir.

— Eu não sei, Sofia! Eu não sei como isso foi parar lá! — ele grita, a frustração evidente em sua voz.

Erick interrompe, tentando acalmar a situação.

— Gente, calma! Às vezes, seu pai tinha um igual, Sofia.

— Você jura, Erick? Um igual? Com minha inicial e a inicial de Lyle? Aonde está a porra do colar do Lyle, então?

— Calma, brigar não vai adiantar — Erick fala, tentando ser a voz da razão.

— É, às vezes foi uma coincidência, cara. Eu não sei como isso aconteceu — Lyle diz, parecendo cada vez mais nervoso.

— Como coincidência, Lyle? O colar foi parar lá voando?

— Às vezes quando eu fui lá na tua casa te buscar, o colar caiu e eu não vi. Aí teu pai guardou no quarto dele pra devolver depois.

Quando ele fala essa frase, meu coração congela.

— Como você sabe que estava no quarto, Lyle? — questiono, a desconfiança pesando nas palavras.

— O quê? — ele pergunta, agora claramente assustado.

— Eu não te falei onde estava!

Erick não diz uma palavra; o silêncio se torna opressivo. Lyle paralisa e eu me sento no sofá, tentando processar tudo.

— Você matou ele? — pergunto para Lyle, a voz tremendo de angústia.

— A gente pode explicar — Erick responde rapidamente.

— O quê? — falo mais alto, a incredulidade dominando meu tom.

— Você também, Erick? Que porra tá acontecendo?

— Calma, Sofia.

— Vocês mataram ele? — grito desesperada, mas eles permanecem em silêncio.

— Gente, vocês mataram ele? — e então Lyle grita: — Sim, matamos!

As lágrimas começam a escorrer pelo meu rosto; aquilo não entrava na minha cabeça. A realidade era insuportável e eu me sentia perdida em um turbilhão de emoções.

Lyle menendez, ódio ou amor?Onde histórias criam vida. Descubra agora