"isso te assusta?"

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Eu estava com as bochechas rosadas de tanto chorar, a ponta do meu nariz vermelha como um pimentão. O medo me dominava. Eu morava no mesmo lugar que um assassino.

Era uma realidade assustadora. Eu sabia que precisava encontrar coragem para enfrentar essa situação.

— Eu não vou deixar ninguém me controlar — murmurei, tentando me fortalecer.

Mas a verdade era que eu estava apavorada e precisava agir, mesmo com o medo me consumindo.

Eu fecho os olhos e escuto um barulho na janela. Quando olho, vejo o Lyle e acabo gritando de susto.

— Que isso, sua louca! Calma! Sou eu! — ele diz, rindo.

— Você é louco? — falo, sussurrando um pouco alto.

— Talvez. Vamos sair? — ele sugere.

— Ah, eu preciso trocar de roupa — respondo.

— Tá, eu espero.

Escolho uma roupa rapidamente e começo a me trocar. Ele fica na janela, me olhando e conversando. Já não sinto vergonha do Lyle; me trocar na frente dele não me incomodava. Coloco uma calça porque está frio à noite.

 Coloco uma calça porque está frio à noite

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— Pronto! — digo, tentando manter a calma. — O que você tem em mente?

Eu pulo a janela e, assim que estou do lado de fora, nós começamos a andar e conversar. A noite estava tranquila, e as ruas estavam desertas. A sensação de liberdade era incrível.

— É tão bom estar aqui fora — digo, respirando fundo o ar fresco da noite.

— Eu sabia que você ia gostar — responde Lyle, sorrindo. — Às vezes, precisamos escapar um pouco da realidade.

Enquanto caminhamos, falamos sobre tudo e nada. As estrelas brilhavam no céu, e eu me sentia mais leve. O medo que me consumia antes parecia distante, como se aquela escapada tivesse me dado uma nova perspectiva.

— Onde você quer ir? — pergunto, animada.

— Vamos até o parque! — ele sugere.

E assim seguimos, rindo e aproveitando cada momento, estar com o Lyle me divertia, ele fazia eu me esquecer dos meus maiores problemas.

Chegamos ao parque, que estava vazio. Claro, nenhuma criança ia brincar no parque às 23 da noite. Aproveitamos a tranquilidade e começamos a brincar nos brinquedos.

Fomos no gira-gira e, depois de algumas voltas, Lyle quase vomitou.

— Eu não tô bem, me dá um tempinho — ele diz, agachado e com a mão na barriga.

Dou um tapinha nas costas dele.

— Relaxa, relaxa, vai ficar tudo bem — falo, brincando e tentando animá-lo.

Lyle menendez, ódio ou amor?Onde histórias criam vida. Descubra agora