culpada ou inocente?

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Eu entrei no carro do policial com pressa, mas ele estava me irritando, pois não parava de conversar com o outro policial. O clima era tenso, e eu só queria saber o que estava acontecendo.

Depois de quinze minutos, ele finalmente se calou, mas continuava me olhando no retrovisor a todo momento. A cada olhar, eu sentia um frio na barriga. A cada instante, ele repetia: "Eu sinto muito". O que isso significava?

- O que aconteceu? - perguntei, a voz saindo mais firme do que eu realmente me sentia.

Mas ele não me respondia nada. A angústia crescia dentro de mim.

Finalmente, chegamos à delegacia. Eu entrei apressada e os policiais me levaram para uma sala. Era um interrogatório. Eu estava frente a frente com outro detetive, um homem com uma expressão séria que não prometia boas notícias.

- Pode me dizer o que aconteceu? Ninguém me fala nada! - perguntei, quase implorando.

- Olha, vai ser muito delicado para você - respondeu o Detetive Jack Thompson, com um tom de voz grave.

- Fala logo! - exigi, já desesperada.

Ele respirou fundo e disse:

- O seu pai foi assassinado no sábado de madrugada.

Naquele momento, parecia que tudo voltou a ser colorido de novo, talvez eu conseguisse ser feliz de novo. Eu Fiquei chocada, mas ao mesmo tempo não consegui controlar minha expressão: uma onda de alívio tomou conta de mim. Era estranho sentir isso em meio à tragédia.

- Erick e Lyle estão bem? - perguntei, a preocupação tomando conta do meu pensamento.

O Detetive Thompson estranhou minha reação e reiterou:

- O seu pai foi assassinado. -ele reforçou, esperando que eu chorasse ou algo do tipo.

- Tá, entendi - falei, eu nem liguei muito para a morte dele em si, mas o que me assustou foi ele ter sido assassinado.

eu estou liberada?-pergunto

por enquanto sim, sente ali no banco que daqui a pouco você vai voltar para essa sala.

eu estranho, mas faço o que ele pediu.

Eles me deixam esperando por uma hora. O silêncio da sala é ensurdecedor, e a ansiedade aumenta a cada minuto. Eu olho para o relógio na parede, tentando entender o que está acontecendo.

Finalmente, percebo que o Detetive Thompson saiu da sala de interrogatório, e logo após, Beatrice aparece atrás dele, ela estava saindo da sala também.

- O que? - penso, perplexa. Por que ela está aqui? O que isso significa? Minha mente começa a correr com possibilidades. Seria Beatrice uma testemunha? Ou talvez ela estivesse envolvida de alguma forma?

A incerteza me consome. Tentei me concentrar em qualquer informação que pudesse ter sobre a situação, mas tudo parecia nebuloso. Eu queria gritar, perguntar o que estava acontecendo, mas sabia que isso só poderia piorar as coisas.

Beatrice me lança um olhar rápido antes de sair da sala onde Thompson estava. O que ela sabe? Por que não me contou nada antes? A frustração e a preocupação se misturavam dentro de mim.

O tempo se arrastava enquanto eu esperava, e cada segundo parecia uma eternidade.

- Pode voltar - Thompson me chama.

- Certo - entro na sala, e ele fecha a porta. Um outro homem entra também; esse homem arruma uma câmera.

- Espera! O que vocês vão gravar? - questiono, apreensiva.

Lyle menendez, ódio ou amor?Onde histórias criam vida. Descubra agora