Cinco

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Anahí estava completamente desarmada. A proximidade de Dulce, o cheiro de sua pele, o calor de seu corpo pressionado contra o dela... Tudo ao seu redor parecia desmoronar, e o que restava era um desejo cru e intenso, algo que ela não conseguia mais controlar. As palavras "eu não posso" haviam perdido qualquer sentido. Tudo o que sentia era o impulso irresistível de ter Dulce mais perto, muito mais perto.

Dulce sorriu ao perceber que Anahí não iria mais resistir. Com um movimento suave, mas cheio de intenção, ela deslizou do colo da médica, segurando sua mão e a puxando para fora do carro. Os olhos de Anahí estavam dilatados, e sua respiração, ofegante. As duas saíram às pressas, como se o carro estivesse queimando, mal conseguindo conter a urgência que crescia a cada segundo.

Assim que chegaram na calçada, Dulce a empurrou levemente contra o carro, agarrando Anahí pela nuca e puxando-a para mais um beijo profundo, molhado, suas línguas se encontrando com uma fome incontrolável. As mãos de Dulce desceram rapidamente pela cintura de Anahí, apertando com força, puxando-a ainda mais contra si, sentindo cada curva do corpo da médica através do tecido da roupa. Anahí soltou um gemido contra a boca de Dulce, suas mãos finalmente encontrando liberdade para explorar o corpo da ruiva, descendo até sua cintura e puxando-a mais para perto.

As duas riam entre os beijos, um riso entrecortado, safado, carregado de excitação. O clima de tensão e controle que Anahí havia mantido o dia inteiro agora se dissipava no ar noturno, substituído por uma urgência febril. Dulce deu um passo para trás, ainda segurando a mão de Anahí, e a puxou em direção à entrada do prédio.

As portas do elevador mal se fecharam antes que Dulce empurrasse Anahí contra a parede, suas bocas se encontrando novamente em um beijo feroz. As mãos de Dulce deslizaram rapidamente pela blusa de Anahí, subindo até os seios que já estavam rígidos pela excitação, apertando-os com desejo enquanto a médica deixava escapar mais um gemido, dessa vez alto e sem controle. Anahí segurou o rosto de Dulce com firmeza, aprofundando ainda mais o beijo, como se estivesse se afogando e precisasse do toque dela para respirar.

— Você me deixa louca... — sussurrou Anahí, ofegante, mordendo o lábio inferior de Dulce, seus olhos brilhando com uma mistura de luxúria e confusão.

— Então para de lutar contra isso — provocou Dulce, suas mãos agora descendo para o cós da calça de Anahí, começando a puxá-la para baixo devagar.

O elevador finalmente se abriu no andar de Dulce, e as duas saíram quase tropeçando, sem conseguirem desgrudar uma da outra. A cada passo em direção ao apartamento, mais beijos eram trocados, as mãos cada vez mais ousadas. Dulce destrancou a porta com uma rapidez impressionante, e assim que a fechou atrás delas, Anahí a empurrou contra a parede, prendendo-a ali com o corpo.

— Você não tem ideia de como eu quero você, Dulce — murmurou Anahí com a voz rouca, seus lábios roçando o pescoço de Dulce, beijando e mordendo suavemente enquanto suas mãos exploravam cada centímetro de pele que encontravam.

— Mostra, então — desafiou Dulce, ofegante, sentindo as mãos de Anahí descendo por seu corpo, parando na barra de sua camiseta e levantando-a de forma rápida e impaciente.

Anahí tirou a blusa de Dulce e, sem pensar duas vezes, levou a boca diretamente ao seio dela, sugando com intensidade, enquanto suas mãos firmes apertavam a cintura da ruiva. Dulce arqueou as costas, jogando a cabeça para trás e soltando um gemido que ecoou pelo pequeno apartamento.

As duas se moviam como se o tempo fosse inimigo, trocando beijos e carícias cada vez mais intensas, rindo entre suspiros e gemidos, até finalmente chegarem ao quarto de Dulce. Assim que entraram, Dulce empurrou Anahí para a cama, subindo por cima dela com um sorriso de pura malícia.

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