Um Brilho Por Trás Do Bullying - Billie Eilish & S/N

Capítulo 12: Praia

Pov: Billie Eilish

Sábado, 7:21AM

Era raro um dia de praia, mas hoje parecia perfeito para sair da rotina e ir lá com s/n e Finneas. O sol estava forte lá fora e s/n, sempre atenciosa, insistiu em me ajudar a passar o protetor solar enquanto ainda estávamos no meu quarto nos organizando.

Ela pegou o frasco e apertou um pouco na ponta dos dedos, espalhando o creme entre as mãos antes de trazer o toque suave até o meu rosto. As pontas de seus dedos deslizavam de forma cuidadosa, passando sobre as maçãs do meu rosto, a testa, o nariz. A cada toque, parecia que meu coração se agitava um pouco mais, e, embora eu tentasse disfarçar, era impossível ignorar o jeito como ela olhava bem dentro dos meus olhos. A intensidade daquele olhar quase me deixava sem ar.

A pele do meu rosto devia estar queimando, e eu não sabia se era do protetor ou do jeito que ela sorria enquanto fazia aquilo. Tentei olhar para algum ponto fixo distante, mas seus olhos estavam tão perto, e o calor de seu toque só fazia minha pulsação acelerar mais e mais. Meu coração parecia que não ia me deixar em paz tão cedo.

— Prontinho — disse ela, recuando o rosto um pouco, mas ainda com aquele sorriso que fazia qualquer um perder o fôlego.

Eu com certeza não iria tomar banho e ia evitar o máximo de sol que pudesse, então eu iria com minhas roupas de sempre.

Antes que eu pudesse respirar aliviada, s/n me entregou o frasco e, sem nem piscar, tirou a blusa, revelando o biquíni. Ela fez um coque mal feito no cabelo.

— Agora é sua vez. Não quero me queimar.

Fiquei ali, com o frasco na mão, completamente hipnotizada por ela. S/n parecia brilhar sob a luz que entrava pela janela do quarto, e não importava o quanto eu tentasse, eu simplesmente não conseguia olhar diretamente para ela só com a parte de cima do biquíni. Desde a primeira vez que a vi, sempre pensei que ela fosse linda, mas agora… havia algo a mais.

Com a mesma delicadeza que ela havia tido comigo, comecei a passar o protetor no rosto dela. E ela ainda continuava a olhar dentro dos meus olhos. Eu sentia seu olhar em mim, profundo e penetrante, e era impossível não me desconcentrar. A cada toque, cada movimento, eu tentava manter a calma, mas o jeito que ela me encarava me deixava completamente desconcertada. Minhas mãos pareciam tremer levemente, e eu respirava fundo, tentando focar apenas no que estava fazendo.

Então, s/n virou-se de costas, deixando os cabelos de lado e pedindo com um tom casual:

— Você pode passar nas minhas costas também?

Respirei fundo, tentando manter a naturalidade, mas à medida que minhas mãos deslizavam por suas costas, cobrindo cada centímetro de pele exposta, parecia que uma onda de calor subia pelo meu corpo. Era quase como se minha própria pele queimasse junto, de tão intensa que era a sensação. Quando terminei, achei que finalmente conseguiria respirar tranquila, mas s/n logo virou de frente para mim.

Ela apontou para a parte de cima dos seios, onde o biquíni não alcançava, e falou em um tom tranquilo, como se aquilo fosse a coisa mais normal do mundo:

— Pode passar aqui também?

Eu senti o rosto esquentar no mesmo instante. Comecei a passar o protetor devagar, tentando evitar qualquer contato mais intenso, mas era quase impossível. A proximidade entre nós, o toque da minha mão naquela área tão próxima ao coração dela (ou seus seios), e o modo como ela me olhava com aquela expressão descontraída me deixavam tão nervosa que parecia que eu estava em uma panela de pressão.

Quando terminei, respirei aliviada, mas ela logo apontou para a barriga, indicando que precisava de ajuda ali também.

— Você passa aqui pra mim? — perguntou, tão casualmente, mas, para mim, parecia um teste de autocontrole.