Capítulo 18: Ameaças

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Pov: s/n

Billie havia insistido para ir a escola dizendo que estava bem e que já conseguia usar bem as muletas, antes eu passaria em casa pra me arrumar lá e de lá eu iria de ônibus. Fiz o trajeto até em casa de táxi, já em mente pensando a tempestade que me aguardava. O sol ainda estava se ponto, estou na frente da porta de casa, respiro antes de entrar e quando entro, Nate estava lá, com o braço engessado numa tipóia, e Vitória com a bochecha avermelhada ainda do tapa, estava lá do lado dele como se ele fosse uma princesa machucada, toda delicada em apuros precisando de atenção.

- S/n? Onde você passou a noite? - Minha mãe começa.

Tento ignorar, mas minha mãe se aproxima com as sobrancelhas franzidas e os braços cruzados, enquanto meu pai, que raramente está em casa, observa em silêncio, mas com um olhar desapontado. A tensão é palpável, e tudo o que queria era subir para o meu quarto e esquecer que essa discussão estava acontecendo.

- Eu perguntei onde você estava, s/n. Isso não é jeito de sair e só voltar de manhã - minha mãe repete, seu tom carregado de decepção.

Dou um suspiro, tentando manter a calma.

- Eu dormi na casa da Billie.

Nate solta uma risada seca, seu braço ainda na tipóia, e lança um olhar venenoso.

- Ah, claro, e ela cuidou bem de você, pelo jeito - ele provoca, com um sorrisinho debochado.

Eu fecho a cara e dou um passo na direção dele, mas minha mãe levanta a mão para me interromper.

- S/n, você vai parar agora mesmo. Quero entender o que passou pela sua cabeça para atacar seu irmão e quebrar o braço dele - ela diz, parecendo mais irritada a cada palavra.

- Quebrar o braço dele? Ele teve o que merecia! - rebato, encarando minha mãe com firmeza, mas por dentro sinto o coração batendo rápido.

- Merecia? Seu irmão está com o braço quebrado e você acha que foi certo o que fez? - Ela responde, com um olhar de espanto.

Antes que eu possa responder, Nate interrompe, fingindo estar chocado.

- Não se faça de vítima, s/n. Você é quem tem saído por aí com... pessoas estranhas e más influências. E ainda quer que a gente aceite isso? - Ele lança um olhar para Vitória, que acena com a cabeça em aprovação.

Vitória, que até agora estava apenas observando, resolve finalmente falar:

- Sabe, tia, acho que o Nate só queria ajudar a s/n. Talvez ela só esteja passando por uma fase difícil. Mas ele não merecia o que ela fez - ela diz com a voz mansa, mas o olhar cheio de julgamento.

Meu pai, até então em silêncio, finalmente suspira e fala.

- Filha, talvez fosse melhor você reconsiderar essas amizades... essa Billie, bem... ela parece não ser a influência que você precisa agora.

A cada palavra deles, sinto meu rosto esquentando, como se minha paciência estivesse prestes a explodir.

- Vocês nem sabem quem ela é! Nem tentaram entender! - digo, minha voz saindo mais alta do que eu pretendia. - Billie é a única pessoa que realmente se importa comigo. Enquanto vocês... vocês estão cegos demais pra ver o que Nate realmente faz!

Minha mãe revira os olhos, impaciente.

- Isso de novo, s/n? Sempre a mesma história! - Ela cruza os braços. - Talvez fosse melhor você pensar em como está prejudicando todos ao seu redor.

Minha mãe cruza os braços e me encara, o olhar firme, como se esperasse que eu protestasse.

- E eu vou além - ela diz, a voz com uma frieza calculada -, você está proibida de frequentar aulas de jiu-jitsu e de ir à academia. Não preciso de você usando essas "habilidades" contra a sua própria família.

Um Brilho Por Trás Do Bullying - Billie Eilish & S/NOnde histórias criam vida. Descubra agora