Capítulo 22: O Eco da Justiça

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A casa estava silenciosa, mas o silêncio era ensurdecedor. O bebê dormia tranquilamente, inconsciente do tumulto que se desenrolava ao seu redor. No entanto, ela sentia a pressão crescente em seu peito, como se uma tempestade estivesse prestes a se instalar. Leatherface havia saído novamente, e a sensação de que algo terrível estava prestes a acontecer a dominava.

A noite avançava, e a escuridão parecia mais pesada do que o habitual. Ela não sabia se ele voltaria para casa, mas os ecos de suas ações recentes a atormentavam. O som da serra elétrica ainda ressoava em sua mente, e a imagem de um homem dividido entre o amor e a brutalidade a perseguia incessantemente.

Então, o silêncio foi quebrado pelo som de sirenes distantes. O coração dela disparou enquanto ela se aproximava da janela, sua mente correndo para possíveis cenários. A polícia. Eles estavam vindo. Ela sabia que, a qualquer momento, Leatherface poderia ser capturado, e a possibilidade de ele ser levado para longe a deixava desesperada.

O tempo parecia desacelerar quando ela ouviu os passos se aproximando. A porta da frente se abriu abruptamente, e várias figuras uniformizadas invadiram a casa. “Onde está ele?” um dos policiais gritou, sua voz autoritária cortando a atmosfera tensa.

Ela hesitou, uma onda de pânico a dominando. “Ele… ele saiu,” ela respondeu, a voz trêmula, sabendo que qualquer informação poderia colocá-lo em perigo. “Por favor, não machuque-o.”

Os policiais trocaram olhares, mas não estavam lá para discutir. O líder do grupo fez um sinal, e logo eles começaram a investigar a casa. O caos se desenrolava, e a mulher se sentia impotente, um prisioneiro em sua própria vida.

A cada segundo que passava, sua mente se enchia de medos terríveis: e se Leatherface não voltasse? E se ele fosse capturado? A imagem dele, a serra elétrica em mãos, tornava-se mais distante, enquanto ela se sentia presa entre a necessidade de protegê-lo e a realidade de suas ações.

Finalmente, o silêncio foi quebrado por gritos e o som de uma luta do lado de fora. Ela correu até a porta, e o que viu a deixou paralisada: Leatherface, cercado por vários policiais, estava lutando para se libertar. A máscara ainda cobria seu rosto, mas a luta era real — uma batalha entre a liberdade e a captura.

“Não! Pare!” ela gritou, desesperada. Mas suas palavras foram perdidas no caos. O olhar de Leatherface encontrou o dela por um breve momento, e ela viu uma mistura de raiva e desespero em seus olhos. Ele estava preso entre dois mundos, e naquele instante, ela percebeu que o amor que compartilhavam estava prestes a ser desmantelado.

Os policiais o imobilizaram, e a serra elétrica foi jogada longe, o som metálico do metal batendo no chão ecoando como um lamento. Leatherface gritou, não em fúria, mas em um desespero profundo. “Por favor, não!” ela implorou novamente, a dor em seu coração se intensificando.

“Ele é perigoso! Você não pode protegê-lo!” um dos policiais respondeu, levando Leatherface para longe, enquanto ele se debatia, tentando se libertar do aperto das algemas. Ela sentiu a realidade do momento desmoronando ao seu redor, e as lágrimas escorriam por seu rosto.

“Ele é o pai do meu filho! Ele não é só um monstro!” ela gritou, a voz cheia de desespero, mas ninguém a ouviu. Leatherface foi colocado em uma viatura, e, enquanto ele olhava para ela com uma expressão que misturava amor e desespero, o carro começou a se afastar.

Ela sentiu um buraco no coração, a sensação de perda tomando conta. A casa, que um dia havia sido um lar, agora se tornava um lembrete do amor perdido e da batalha que ela não podia vencer. Leatherface estava sendo levado, e a sombra de sua presença se afastava, levando consigo todas as esperanças de uma vida normal para o filho.

Enquanto a viatura desaparecia na escuridão, ela se viu sozinha, com apenas o bebê em seus braços. O futuro parecia sombrio e incerto, e o amor que uma vez a sustentou agora era uma memória distante, dilacerada pela brutalidade da realidade. O eco da sirene se perdeu na noite, mas o peso da dor e da separação ficaria com ela para sempre.

Leatherface - Sob a Máscara da Escuridão Onde histórias criam vida. Descubra agora