Leatherface - Sob a Máscara da Escuridão

Capítulo 36: O Grito da Escuridão

Leatherface permaneceu nas sombras, seus instintos primais aguçados, a adrenalina pulsando em suas veias enquanto observava a cena diante dele. O calor da fogueira iluminava os rostos de sua ex-mulher e do novo namorado, que se sentavam à beira da luz, rindo e compartilhando momentos que ele não fazia parte. A visão da felicidade deles o consumia com uma raiva intensa. A criança, tão inocente, não fazia ideia do terror que se aproximava.

Ele respirou fundo, o cheiro do combustível da serra elétrica misturando-se ao aroma do ar fresco da floresta. O peso da ferramenta pesada em suas mãos era reconfortante. Leatherface sabia que, naquele momento, não havia espaço para hesitação. Era hora de reescrever sua história, de fazer com que sua presença fosse sentida de maneira brutal.

Com um rugido ensurdecedor, ele ligou a serra elétrica, o som cortando o ar da noite como uma faca. As risadas foram abruptamente silenciadas, e os olhares se voltaram para a origem do barulho. Leatherface saiu das sombras, sua figura imponente e aterrorizante emergindo do negrume da floresta. A máscara improvisada estava firmemente ajustada em seu rosto, e os olhos brilhavam com uma intensidade selvagem.

“Você!” O namorado da mulher gritou, levantando-se de repente, enquanto a ex-mulher recuava, o pânico estampado em seu rosto. O filho, confuso e assustado, olhava para os adultos sem entender o que estava acontecendo.

Leatherface não respondeu com palavras, pois não havia necessidade. A serra elétrica zumbia com um som ameaçador enquanto ele avançava. O olhar fixo em seu alvo, ele se movia com uma precisão mortal, determinado a recuperar o que era seu.

O namorado tentou se colocar entre Leatherface e a mulher, mas foi em vão. Em um movimento rápido e brutal, Leatherface girou a serra em um arco devastador. O grito do homem ecoou pela floresta, mas foi rapidamente abafado pelo ruído da lâmina cortando carne. A cena foi tão rápida quanto brutal — um instante de luta e depois o silêncio absoluto.

A mulher gritou, um som agudo que cortou o ar, enquanto seu namorado caía ao chão, sua vida se esvaindo rapidamente. O filho, em choque, ficou paralisado, incapaz de processar o horror diante dele. Leatherface, então, virou-se para sua ex-mulher, que estava em estado de choque, os olhos arregalados e cheios de lágrimas.

Ela olhou para o homem que um dia amou, agora transformado em um monstro aterrorizante. O coração de Leatherface batia forte em seu peito enquanto ele sentia o poder da conquista, mas, ao mesmo tempo, uma onda de confusão e dor o atingiu. A realidade do que fizera começava a se infiltrar em sua mente, mas ele estava longe de se deter.

A serra elétrica ainda zumbia, e ele a levantou, a lâmina brilhando sob a luz da fogueira. Para ele, a cena diante dele era tanto uma declaração de propriedade quanto um ato de desespero. A vida que ele havia perdido agora era novamente uma parte dele, embora em um caminho de terror e morte.

Ele não se afastou. Leatherface permaneceu ali, no centro da clareira, absorvendo o pânico que irradiava de sua ex-mulher e o silêncio horrorizado da criança. Ele sabia que o caos havia começado, e a noite ainda estava longe de acabar.