As noites no Texas tornaram-se cada vez mais inquietantes. A casa, antes um abrigo seguro, agora parecia um labirinto de sombras e sussurros, refletindo a turbulência dentro dela. A gravidez avançava, mas o temor em seu coração só aumentava. A cada dia, ela se sentia mais presa entre o amor por Leatherface e o medo do que ele poderia se tornar.
Enquanto a lua cheia iluminava o céu, ela acordou com um barulho estridente, como um eco distante de uma serra elétrica. O som a deixou em estado de alerta, e seu coração disparou. O silêncio, que antes era familiar, agora trazia uma sensação de pânico. O que Leatherface estava planejando? Ela se levantou, sentindo a gravidade de sua situação, e decidiu seguir o som que ecoava nas sombras.
Ao se aproximar da porta, uma sensação de dread a envolveu. Ela espiou pela fresta e viu Leatherface em pé na sala, a serra elétrica em suas mãos, refletindo a luz da lua. A visão dele, imerso em uma aura de loucura controlada, fez seu sangue congelar. Ele estava em um transe, seus movimentos metódicos, enquanto observava fotos antigas que estavam espalhadas pelo chão — fotos de suas vítimas, algumas tão distantes no tempo que quase pareciam fantasmas.
Ela sentiu um nó na garganta ao perceber que Leatherface não estava apenas relembrando seu passado, mas se preparando para um retorno à sua natureza violenta. O pavor a dominou, e ela hesitou, um conflito interno ardendo dentro dela. Queria se aproximar e impedir que ele se afundasse ainda mais na escuridão, mas o medo da reação dele a paralisava.
Leatherface virou-se lentamente, a máscara refletindo a luz da lua e revelando uma fenda na superfície que parecia quase… contemplativa. O olhar vazio dela encontrou o dele, e a conexão entre os dois se tornou uma batalha entre o amor que sentia e o terror que ele representava. O silêncio na sala se tornou opressivo, e ela sabia que qualquer movimento em falso poderia desencadear sua fúria.
Quando ela finalmente se decidiu a entrar, Leatherface levantou a serra elétrica, o som da máquina quebrando o silêncio como um grito nas trevas. “Não!” ela gritou, a voz ecoando como um aviso, mas as palavras mal romperam o ar pesado.
Ele a olhou, e naquele momento, ela viu uma centelha de confusão em seus olhos. Mas a confusão logo se transformou em algo mais primal, e ele avançou em sua direção, a serra zumbindo em um crescendo de intensidade.
“Você não precisa fazer isso!” Ela implorou, sabendo que a linha entre a vida e a morte se tornara tênue. A conexão deles era visceral, mas o horror de quem ele era não poderia ser ignorado.
Leatherface hesitou, a lâmina ainda a poucos passos de distância, e por um breve momento, o homem que ela conhecia pareceu surgir de trás da máscara. Mas logo o transe o dominou novamente. Com um grito ensurdecedor, ele ativou a serra, e o som preencheu a sala, ecoando nas paredes como um aviso sombrio.
No coração da noite, ela percebeu que a luta pela sanidade de Leatherface se tornava uma luta pela própria vida. A gravidade da situação se instalou, e a verdade era inegável: não havia como escapar do abismo que se aproximava, e as sombras que cercavam a casa estavam mais vivas do que nunca.
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Leatherface - Sob a Máscara da Escuridão
TerrorNÃO É BASEADO NOS FILMES - Em Sob a Máscara da Escuridão, uma jovem fascinada pelo sombrio e desconhecido acaba se aproximando de uma figura perigosa e enigmática: um homem conhecido apenas por seu rosto coberto de pele, chamado Leatherface. Num jog...