18 - O agora

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"Sou seu, mas eu não posso ser. Sou sua, mas ninguém pode saber" — Nando Reis, Nos seus olhos

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Autora - Presente

       ERA ASSUSTADORA A FORMA QUE a Aldeia das Flores se encontrava. Como tanto caos poderia estar focado em um lugar só, atingindo uma população pequena, que só quer o mesmo que todos:

Sobreviver.

Ren, Kakashi, Kurenai e Anko observavam a cena ao seu redor com tristeza em seus olhos, cada um pensando o que poderia fazer para ajudar, para mudar o destino daqueles que estavam vulneráveis naquele momento.

A Vila das Flores estava irreconhecível. As plantas que antes pintavam o vilarejo em tons vibrantes estavam esmagadas sob os escombros, os jardins transformados em destroços, e o ar impregnado pelo cheiro de fumaça e terra.

O ataque havia deixado cicatrizes profundas na aldeia e em seu povo, que agora vagava pelo cenário devastado, tentando encontrar alguma segurança entre as ruínas.

Ren foi o primeiro a se mover. Sem hesitar, correu até os sobreviventes que clamavam por ajuda, com as tropas médicas que trouxera consigo logo atrás, prontas para agir.

— Comecem os primeiros socorros! — Exclamou ao ajudar uma senhora, a colocando sentada e apoiada contra uma parede que ainda estava de pé. — Agora!

Todos os ninjas médicos fizeram o que ele mandou no mesmo instante. O loiro, quando queria, podia ser bem sério, ainda mais em situações como essas em que vidas dependiam dele.

Ele orientou sua equipe com precisão, organizando uma linha de atendimento enquanto verificava os feridos com rapidez e cuidado. Mesmo no meio do caos, Ren mantinha a calma, instruindo as pessoas a seguir para as áreas mais seguras.

Kakashi, Kurenai e Anko observavam em silêncio, absorvendo a devastação ao seu redor. A expressão de cada um revelava o impacto daquela visão; seus semblantes refletiam a dor e a revolta por ver uma aldeia tão pacífica transformada em um campo de desespero.

— Como tudo isso aconteceu? — A de olhos vermelhos questionou incrédula, cerrando os punhos ao lado de seu corpo. — Tantas pessoas perdendo tudo.

— Orochimaru não liga pra isso, pelo contrário. — Anko respondeu, cruzando os braços e olhando ao redor. — Se ele fez isso, é porque sente prazer vendo a dor dos outros. — Continuou, bufando e olhando para Kurenai.

— Ou só deixou um aviso. — Kakashi completou, abrindo mais os olhos procurando pelo Hanakage enquanto começava a caminhar.

— Ele queria atingir Yasu. — Respondeu Anko o seguindo, ao mesmo tempo que atraía olhares confusos dos companheiros. — Me queriam aqui porque eu sei como ele pensa, então precisam me escutar.

— Mas o ninja copiador está certo. — Kei falou, levantando-se lentamente enquanto ajeitava uma faixa em seu braço ensanguentado. Ao seu lado, alguns ninjas médicos de Hanagakure o ajudavam. — Ele deixou um recado.

Foi então que uma figura surgiu entre os escombros, com passos lentos e pesados, com os olhos sombrios e cansados. O Hanakage aproximava-se do grupo com dor evidente em seu olhar, seu kimono, tradicionalmente impecável, estava agora marcado por sujeira, sangue e pequenos rasgos, reflexos da luta que havia travado para proteger sua vila.

Kei parou diante do grupo, limpando o rosto suado e sujo com um lenço improvisado. Sua expressão era cansada, mas seus olhos brilhavam com uma determinação inabalável.

Save me, Hatake - Kakashi HatakeOnde histórias criam vida. Descubra agora