Hora do show

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Capítulo 13: Hora do show

A noite de sábado parecia conspirar a favor da celebração, envolta em um manto de estrelas brilhantes e um céu profundo e azul que acentuava a expectativa no ar. Will e Eloise haviam se arrumado com um cuidado especial para a ocasião, cada um meticulosamente vestido para refletir a importância do momento. Will se olhou no espelho, admirando-se brevemente antes de desviar o olhar para Eloise. A pequena, vestida em seu adorável vestido novo, parecia um raio de sol, seus olhos azuis brilhando com entusiasmo e inocência.

Ambos usavam as roupas cuidadosamente escolhidas para aquela noite, e Will não pôde deixar de sorrir ao lembrar das conversas com Hannibal sobre a combinação perfeita. Era claro que Hannibal não estava conseguindo se conter; a atenção que ele dedicava ao menor dos detalhes era um testemunho do carinho que sentia por eles. Will riu consigo mesmo ao avistar um frasco de perfume na bancada, um item que tinha certeza ser mais caro do que aparentava. A pequena nota que acompanhava o presente, escrita em uma caligrafia elegante, dizia que eram apenas “um pequeno gesto de carinho”. Aquela mensagem simples, porém profunda, fez o coração de Will aquecer.

Ele esbanjou um sorriso ao aplicar um pouco do perfume nos pulsos, o aroma suave e sofisticado envolvendo-o como um abraço. Ao olhar para Eloise, viu-a brincar com os laços do vestido, sua alegria era contagiante. O ambiente estava permeado de uma expectativa palpável, e Will sentiu uma onda de gratidão por ter aquela noite especial com sua filha e Hannibal. A ideia de compartilhar momentos preciosos, de construir memórias, encheu-o de uma sensação de realização.

— Vamos lá, pequena. — disse ele, estendendo a mão para Eloise, que olhou para ele com um sorriso radiante, como se estivesse prestes a embarcar em uma grande aventura. — Temos uma noite mágica pela frente. — E assim, com o coração leve e cheio de esperança, eles saíram de casa, prontos para celebrar juntos e aproveitar cada instante daquela noite única.

A viagem de carro seguia a mesma rota habitual, mas hoje havia algo diferente no ar, como se cada árvore e cada edifício brilhasssem de uma maneira especial. O sol filtrava-se pelas folhas, lançando padrões dançantes de luz e sombra no painel do carro. Will sentia uma alegria crescente dentro de si, um sorriso involuntário surgindo enquanto pensava nos últimos dias.

Ele e Hannibal haviam trabalhado juntos na dissertação sobre o Estripador de Chesapeake, explorando a inquietante preferência do assassino por suas vítimas, que eram, de alguma forma, “rudes”. Aqueles momentos juntos, repletos de discussões intelectuais e troca de ideias, haviam trazido uma nova profundidade ao relacionamento deles. Além disso, levar Eloise ao pediatra juntos tinha sido um marco significativo. A pequena estava saudável, todos os marcos de seu desenvolvimento em dia, e a sensação de alívio e felicidade aquecia o coração de Will.

Ao chegar à casa de Hannibal, Will usou sua nova chave para abrir a porta. O ato de entrar naquela casa, agora compartilhada, simbolizava algo muito maior para ele—um gesto de confiança que falava de compromisso e intimidade. Hannibal havia insistido que eles trocassem chaves, e a simples ideia de ter acesso à vida um do outro enchia Will de alegria. Era como se um novo capítulo estivesse começando, repleto de possibilidades.

Ele estava extremamente adiantado em relação aos outros convidados, e a antecipação de receber as pessoas junto com Hannibal o deixava animado. Era um gesto carinhoso e acolhedor, e Will adorava a ideia de criar um ambiente caloroso e familiar. Ao entrar, ele deixou Eloise sentada no chão, brincando alegremente com um novo cachorro de pelúcia que Hannibal lhe dera de presente. A versão de pelúcia de Winston era adorável, e a pequena parecia completamente encantada. Seus olhos brilhavam com entusiasmo enquanto ela abraçava o brinquedo, rindo e balançando-o para cima e para baixo.

A taste for familyOnde histórias criam vida. Descubra agora